Memorial da América Latina promove cursos para ministrar aulas aos refugiados
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Lucas Tadeu (3º semestre)
Nos últimos anos, por conta de muitos conflitos em diversas regiões, a população de refugiados vem crescendo em todo mundo e, consequentemente, no Brasil esse número também aumentou. As famílias que chegam aos países têm que se adaptar à nova rotina, e os que são estudantes passam por um período conturbado de aprendizagem.
Além dos refugiados, o número de imigrantes cresceu, e o Brasil foi um dos destinos para pessoas que não conseguem mais viver em seu país de origem. Um levantamento feito pelo Instituto Unibanco, com base nos dados do Censo Escolar 2016, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação, mostra que o número de matrículas de alunos de outras nacionalidades em escolas brasileiras mais do que dobrou no período de oito anos. Em 2008, foram 34 mil matrículas de imigrantes ou refugiados registradas nas escolas, enquanto, em 2016, esse número saltou para quase 73 mil.
Outra pesquisa realizada pelo Instituto Unibanco mostra que a rede pública de ensino é a que mais acolhe esses estudantes: 64% deles. Os dados do Censo também mostram que os latinos representam mais de 40% dos alunos estrangeiros no Brasil, concentrando-se principalmente na rede pública.
A adaptação desses alunos é algo difícil pois eles estão em um novo país, em um novo sistema de ensino e com professores e colegas que não falam a sua língua. Por isso, o Memorial da América Latina, por meio do Centro Brasileiro de Estudos da América Latina (CBEAL), promove o curso “Formação de professores para acolhimento e integração de estudantes migrantes e refugiados”. Esse curso é promovido pela Carla Cursino, pesquisadora da Cátedra Unesco Memorial. Carla é doutoranda em Estudos Linguísticos (UFPR) e professora de português para alunos em contexto de migração-refúgio.
A expectativa é de que esse curso alcance os professores, pedagogos, estudantes e demais profissionais da área de Educação. Mesmo quem não preencha nenhuma dessas especificações também pode participar.
O curso contém cinco oficinas no total, todas elas acontecendo aos sábados, às 14h. A formação tem o objetivo de sensibilizar professores para o acolhimento desse perfil de estudante e incentivar a valorização e o respeito às línguas e às culturas dos alunos, pois essa adaptação já é difícil e sem respeitar as diferenças, esses alunos vão sofrer. Durante as oficinas, serão apresentadas práticas que podem fazer a diferença na vida desses estudantes.
Serviço:
Oficina: Formação de professores para acolhimento e integração de estudantes migrantes refugiados
Inscrições: https://forms.gle/YoXKiHvEA5tucm6h8
Plataforma Zoom com transmissão simultânea no Canal do Youtube do Memorial da América Latina