Suspensão de cirurgias eletivas impacta mercado da saúde
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Ana Clara Rangel (1º semestre)
A chegada da pandemia gerada pelo novo coronavírus na cidade de São Paulo, no dia 16 de março, levou à instauração da quarentena, onde somente serviços essenciais deveriam continuar em funcionamento. No dia seguinte, foi divulgada uma nota no diário oficial do estado, afirmando que cirurgias eletivas – aquelas não emergenciais – deveriam ser realizadas de acordo com a gravidade do paciente, podendo ser suspensas, sobretudo, para pacientes de risco.
Aqueles que precisavam realizar cirurgias eletivas, mas numa situação de grupo de risco, tiveram que adiar. Foi o caso da estudante Carolina Rodrigues, 20 anos, que, com medo de se sentir vulnerável após uma cirurgia de desvio de septo, julgou necessário o adiamento.
Nesse sentido, houve uma queda de até 90% de exames e cirurgias eletivas, segundo representantes de hospitais filantrópicos e privados do Brasil. A adoção da suspensão acometeu também o mercado fornecedor de materiais.
A São Paulo Surgical, empresa que atua na cidade há cerca de dois anos, teve uma queda de 50% das cirurgias realizadas, se comparado ao período pré-pandemia, segundo Franciano Dias, sócio da empresa. Essa redução acarretou o adiamento de projetos para crescimento da empresa, já que estavam previstas novas contratações em abril, sendo transferidas para os meses de agosto e setembro.
Apesar do imprevisto, a empresa manteve todos os seus funcionários, sem nenhuma demissão ou redução de salários e benefícios, com medidas protetivas e um esquema de revezamento para continuarem atendendo às cirurgias autorizadas.