Tranquilidade marca segundo turno das eleições no prédio da ESPM
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O segundo turno das eleições municipais de 2012 aconteceu no domingo, 28 de outubro. O pleito elegeu o novo prefeito da cidade de São Paulo, Fernando Haddad (PT). Para isso, muitas empresas disponibilizaram as suas sedes. Um desses casos foi o prédio da ESPM, na rua Dr. Álvaro Alvim, onde funciona a 6ª zona eleitoral do município.
A faculdade abriga 17 seções eleitorais determinadas pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral). O Tribunal também distribui as urnas eletrônicas por todos os pontos onde ocorrem votações.
O auxiliar técnico do TRE, Caio Salero, fala que as urnas geralmente chegam um dia antes no colégio eleitoral e são trancadas nas salas. “O transporte é sempre acompanhado por policiais. Assim que chegam ao local, as urnas são distribuídas e trancadas nas salas”, diz.
Lilian Theodoro, auxiliar técnica do Tribunal, explica que, assim que usadas, as urnas são mandadas de volta para o cartório eleitoral. “A mídia (contagem dos votos) é levada separadamente. A gente tira da urna, coloca dentro de um envelope e entrega à pessoa encarregada”, complementa.
Santinhos e boca de urna
O prédio da ESPM na rua Dr. Álvaro Alvim funcionou no dia 28 de outubro das 8h às 17h recebendo eleitores da Vila Mariana. O período de votação foi tranquilo e acompanhado por policiais militares.
Ao contrário do que ocorreu no primeiro turno, na segunda etapa das eleições municipais a cidade estava bem mais limpa, o que deixou os eleitores satisfeitos. Juscelino Novaes, taxista, foi um deles. “Eu acho errado a distribuição de santinhos. Se já são usados a TV e o rádio, não há necessidade de colocar esse material na rua”, argumentou.
Varly Fernandes, aposentada, diz que a distribuição dos santinhos não funciona porque as pessoas já sabem em quem irão votar. “A sujeira que é feita e o dinheiro gasto não compensam”, falou. Parece que os comitês ouviram a aposentada nesse segundo turno.
Cássio Araújo, aposentado, denunciou a invasão de privacidade vinda dos candidatos. “Dez horas da noite eles ligam para sua casa para pedir voto. É um absurdo!”, reclamou.
Ele também falou sobre boca de urna, que é um problema mais comum, segundo ele, em zonas periféricas. “O eleitor é mais influenciável, então eles atuam com maior frequência”. O aposentado ressalta que na Vila Mariana a boca de urna não funcionaria. “Aqui o nível de instrução do eleitor é um pouco mais alto. O cidadão já vem focado que vai votar em João ou em Maria”, opinou.
A população da Vila Mariana voltará às urnas em 2014, para eleger o novo presidente da República, governador, senadores, deputados federais e estaduais.
Murillo Grant (2º semestre)