Pelo Mundo ESPM – Amácio Mazzaropi
Amanda Amorim – 1º semestre
Pedro Cohem – 1º semestre
Antônio Luiz Molina – 3º semestre
Amácio Mazzaropi nasceu em São Paulo, 9 de abril de 1912,foi um ator, humorista, cantor e cineasta brasileiro. Considerado o maior cômico do cinema brasileiro. Suas produções foram fenômeno de público por mais de três décadas.
Filho de Bernardo Mazzaroppi, imigrante italiano e Clara Ferreira, brasileira nascida em Taubaté.
Com apenas dois anos de idade sua família muda-se para Taubaté no interior de São Paulo
O pequeno Amácio passa longas temporadas no município vizinho de Tremembé, na casa do avô materno, o português João José Ferreira, exímio tocador de viola e dançarino de cana-verde. Seu avô também era animador das festas do bairro onde morava, às quais levava seus netos. Sendo assim Mazzaropi tem seu primeiro contato com a vida cultural de seu avô, no qual se inspirou mais tarde em sua carreira.
Em 1919, sua família volta à capital e Mazzaropi ingressa no curso primário do Colégio Amadeu Amaral, no bairro do Belém. Bom aluno, era reconhecido por sua facilidade em decorar poesias e declamá-las, tornando-se o centro das atenções nas festas escolares.
Já com quatorze anos, em 1926, entra para a caravana do Circo La Paz. Nos intervalos do número do faquir, Mazzaropi conta piadas e histórias, ganhando uma pequena gratificação.
Com a Revolução Constitucionalista de 1932, segue-se uma grande agitação cultural e Mazzaropi estreia em sua primeira peça de teatro, chamada A herança do Padre João. Já em 1935, consegue convencer seus pais a seguir em turnê com sua companhia e a atuarem como atores. Até 1945, a Troupe Mazzoropi percorre muitos municípios do interior de São Paulo, mas não há dinheiro para melhorar a estrutura da companhia. Começa assim sua grande carreira como ator.
Com a morte da avó materna, Dona Maria Pita Ferreira, Mazzaropi recebe uma herança suficiente para comprar um telhado de zinco para seu pavilhão, podendo assim estrear na capital, com atuações elogiadas por jornais paulistanos. Depois, parte com a companhia em turnê pelo Vale do Paraíba. A grave situação de saúde de seu pai complica a situação financeira da companhia de teatro e, em 8 de novembro de 1944, morre Bernardo Mazzaroppi. Porém, Amácio continua com seu trabalho.
Dias após a morte de seu pai, estreia no Teatro Oberdan ao lado de Nino Nello, sendo ator e diretor da peça Filho de sapateiro, sapateiro deve ser, acolhida com entusiasmo pelo público.
Em 1946, convidado por Dermival Costa Lima, da Rádio Tupi, Mazzaropi estreou o programa dominical Rancho Alegre, encenado ao vivo no auditório da emissora no bairro do Sumaré e dirigido por Cassiano Gabus Mendes.
Convidado por Abílio Pereira de Almeida e Franco Zampari, Mazzaropi estreou em seu primeiro filme, intitulado Sai da Frente, em 1952, rodado pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz, onde produziria mais dois filmes. Com as dificuldades financeiras da Vera Cruz, Mazzaropi faz, até 1958, mais cinco filmes por diversas produtoras e sua fama nacional aumenta.
Naquele mesmo ano, vende sua casa e cria a PAM Filmes (Produções Amácio Mazzaropi) e passa não só a produzir, mas distribuir os filmes em todo o Brasil. A primeira obra de sua nova produtora é Chofer de Praça.
Em 1959, é convidado por José Bonifácio, mais conhecido como Boni, na época da TV Excelsior de São Paulo, a fazer um programa de variedades que ficaria no ar até 1962. Neste mesmo ano começa a produzir um de seus filmes mais famosos, Jeca Tatú, que estreia nos cinemas no ano seguinte.
Em 1961, Mazzaropi adquire uma fazenda onde inicia a construção de seu primeiro estúdio de gravação, onde produziria seu primeiro filme em cores, Tristeza do Jeca, que foi também o primeiro filme veiculado na televisão.
Cinco anos mais tarde, lança o filme O Corintiano, tornando-se recorde de bilheteria do cinema nacional.
No ano seguinte, começa a construir em Taubaté um grande estúdio cinematográfico, uma oficina de cenografia e um hotel para os atores e técnicos. A partir de então produz e distribui mais cinco filmes até 1979. Sendo um grande marco histórico para o cinema nacional.
Com todo seu sucesso, infelizmente produzindo seu 33º filme, Maria Tomba Homem, Mazzaropi adoeceu. Depois de 26 dias internado, Mazzaropi morreu, se tornando vítima de um câncer na medula óssea aos 69 anos de idade no hostopal Albert Einsrein de São Paulo.
Após a sua marcante vida, Mazzaropi recebe múltiplas homenagens como Museu Mazzaropi que está localizado na mesma propriedade de seus antigos estúdios, recolhendo a história da carreira de um dos mais consagrados nomes do cinema, do teatro e da televisão brasileiros.