Feira de Trocas na Casa das Rosas agita o domingo paulistano
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“Ei, gostei muito disso aqui. Vamos trocar?”. Assim começavam as negociações e depois o bate papo, no domingo, 28 de setembro, na Feira de Trocas que aconteceu na Casa das Rosas, na Avenida Paulista.
Promovida pelo Núcleo Educativo do espaço, a Feira ocorreu na área externa da Casa, ao lado do jardim. Contando com a presença de um público de diferentes faixas etárias, foram feitos todos os tipos de troca: de conselhos a livros e jogos; de sapatos a aparelhos eletrônicos.
Com o intuito de promover o apoio mútuo e a sociabilidade, o evento, segundo o site oficial da Casa, costuma acontecer no último sábado de agosto, embora essa última edição tenha acontecido no mês de setembro. “A data fica por conta da agenda e programação da Casa”, disse Annelise Csapo, supervisora do Núcleo Educativo e uma das organizadoras do evento.
Aberto a todos os visitantes e transeuntes da cidade, não foi necessário realizar cadastramento prévio para garantir a participação nas trocas. Àqueles que chegaram com objetos para trocar, a organização disponibilizou “tapetões” para exposição e acomodação para as pessoas, além de mesas e cadeiras.
O mecanismo das trocas nunca mudou desde o princípio da iniciativa, há três anos. “A ideia sempre foi mostrar às pessoas que é possível conseguir apoio umas das outras, sem colocar a mão no bolso”, acrescentou Annelise. A única coisa que mudou com o passar dos anos foi o tipo de objeto negociado, anteriormente restrito a livros.
Ambiente familiar
Essa pluralidade atrai um maior número de pessoas. Para novatos ou não em feiras de troca, a oportunidade de negociação é igual para todos. Basta deixar a timidez de lado.
Andrea Scanappieco, 40, estava na feira pela primeira vez. “Fiquei sabendo pelo Facebook e resolvi tentar”, disse. A gerente de marketing teve sucesso em suas negociações. “Vim atrás de livros, mas trouxe bijuterias para trocar e consegui realizar trocas”, contou.
Estreante também na Casa das Rosas, o casal Ligia Pecegueiro, 28, e Andre Castilho, 30, já havia participado de outro evento com proposta semelhante na Vila Madalena. “Decidimos que queríamos fazer temaki, mas não tínhamos a panela elétrica necessária para cozinhar o arroz, daí deixamos isso de lado e fomos à feira”, relembrou Ligia. Ao chegar no local, encontraram exatamente a panela que precisavam para a receita.
O casal, feliz com suas conquistas nas feiras, pretende voltar a esse tipo de evento. “Na próxima vez, vamos juntar um pouco de coisas dos dois”, disse a jovem.
De fato, remontando em ambiente agradável e familiar, a atividade histórica mais conhecida como escambo, a feira dá espaço a uma integração social particular e totalmente oposta àquela vista ao longo da Avenida Paulista em lojas e shoppings centers.
Carolina Brandileone (1° semestre)