O consumo de bebidas energéticas segue em alta no Brasil. Segundo dados da Kantar, o número de consumidores alcançados cresceu 54% em 2023, especialmente em ocasiões fora do lar. Jovens entre 18 e 29 anos representam cerca de 40% dos consumidores desse tipo de bebida fora de casa.
A nutricionista Rhafaeli Di Lernia alerta para os riscos associados ao consumo excessivo de energéticos. “Essas bebidas contêm muitos adoçantes artificiais, que aumentam a permeabilidade intestinal, elevando o risco de inflamações e permitindo a passagem de toxinas para a corrente sanguínea”, explica. Ela também destaca que o excesso de cafeína pode causar problemas cardiovasculares.
A universitária Giulia Moura relata que consome de duas a três latas de energético por dia, o que equivale a pelo menos 500 ml. “Eu bebo porque acho gostoso. Além disso, o energético me ajuda a ficar concentrada e fazer minhas tarefas”, conta. Giulia também revelou que costuma misturar energéticos com bebidas alcoólicas nos fins de semana.
Sobre essa prática, Rhafaeli faz um alerta: “A combinação de energético com álcool é especialmente prejudicial. Mistura-se um estimulante com uma substância depressora, o que pode mascarar os efeitos do álcool e levar ao consumo excessivo. Além disso, essa combinação aumenta a inflamação no corpo e prejudica a recuperação muscular, afetando o ganho de massa”, esclarece.