A 27ª edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, ocorrida entre os dias 06 e 15 de setembro, quebrou recordes de presença com 277 mil pessoas. O público do evento foi o maior em dez anos, e 9% maior que a edição anterior, segundo a Câmara Brasileira do Livro (CBL), responsável pela organização.
O evento foi realizado no recém inaugurado Distrito Anhembi, que após meses de reformas é capaz de receber até 40 mil pessoas, com uma capacidade 15% maior que o Expo Center Norte, onde aconteceu a última edição. Ainda assim, nos sábados e domingos, quando os ingressos esgotaram, a locomoção tornou-se difícil devido à grande quantidade de pessoas, segundo Cecília Lóssio, que compareceu a três dias de Bienal.
Conhecida por ser o maior evento cultural da América Latina, a Bienal se tornou um ponto de encontro para leitores e escritores de todas as idades, criando um espaço de congregação e incentivo à leitura. “Foi uma experiência muito boa, eu pude conhecer muitas pessoas de vários lugares do Brasil que vieram para São Paulo só para a Bienal.”, afirmou a estudante de jornalismo Cecília Lóssio.
Esta edição contou com um amplo elenco de autores, 683 nacionais e 33 internacionais, variando de Lynn Painter, autora de romances juvenis como “Melhor do que nos filmes”, ao filósofo Mario Sergio Cortella, autor do livro de autoajuda “Por Que Fazemos o Que Fazemos?”.
Em razão do número recordista de presenças, muitas das grandes editoras que participaram da ocasião registraram grandes aumentos em lucros e vendas em relação à Bienal de 2022. Alguns exemplos deste fenômeno são: A editora Sextante, que dobrou seu faturamento de uma edição para outra; a editora Record, com um crescimento no lucro de 82%; e a Intrínseca, que teve um aumento de vendas de 75%. Segundo a CBL, o faturamento diário dos expositores cresceu em média 83%.
Além de palestras, lançamentos e estandes de autógrafos, o evento buscou ampliar sua interatividade e estabeleceu 13 áreas dedicadas a diferentes públicos e temas, chamadas de Espaços Culturais. Estes ambientes promoveram a interação entre leitores e também atuaram como ambientes de descanso após longas filas.
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