Cães são acolhidos por moradores e levados a passear no Ibirapuera

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Cachorros são uma despesa a mais dentro de casa, mas seus donos acham que vale a pena. Foto: David Frare

 

“Amor: Benevolência, carinho, simpatia”. Amam-se pessoas, animais, objetos, filmes, programas, músicas, famosos, amigos… E cachorros! “Se você ignorar seu cachorro e seu marido o dia inteiro, ao voltar para casa, seu cão ainda fará questão de dar atenção. Já o marido, não necessariamente”, explica Ana Luiza Buck, designer que trabalha na região da Vila Mariana e gosta de animais.

Os cães conseguem conquistar até quem tem medo deles. “Eu tinha muito medo de cachorros, mas quando ganhei um e ele se familiarizou, entendi que o animal machuca por estar brincando e estava sempre tentando me proteger”, conta Gabriela Amorisio, dona de um boxer de cinco anos de idade. A partir dessa experiência, ela foi perdendo o medo de outros cães.

Mesmo com um cão considerado bravo, ao contrário de raças de menor porte, que costumam ser mais dóceis, Gabriela consegue perceber o quão o seu boxer é carinhoso com a família. “Meu pai passou uns dias fora de casa e o cão Zac ficou sem comer. Um dia, estava com ele ao telefone e pedi para meu pai falar, no viva-voz, para ele comer. Deu certo!”. Além de tudo, segundo ela, o animal pulava e chorava quando o aparelho foi desligado, provando sua “benevolência, carinho, simpatia”: amor, segundo publicado no Dicionário Michaelis.

Passeios no Ibirapuera

Cachorros são uma despesa a mais dentro de casa, Gabriela concorda, mas acha que vale a pena. Mariana Stocco, dona de três cães, também não se incomoda com os gastos com seus bichos. “O companheirismo e alegria que nos proporcionam vale todo o esforço para tê-los”, diz.

Por ter um boxer, Gabriela tem que se adaptar para sair à rua com seu animal. “Para mim e minha família, ele é um bebê. Mas na rua ou quando vamos ao Parque Ibirapuera, por exemplo, não tem como ir sem focinheira”. Ela completa dizendo que precisa ser num horário em que os locais estejam com menor movimento.

Mariana costuma passear com sua filhote de Golden uma vez por semana no Parque. “Tenho três cães, mas como vou correr, levo sempre a filhote porque é a única que aguenta”, conta. Ela diz também que começou a levá-la quando percebeu que muitos frequentadores do local corriam com seus cachorros e que a sua filhote seria uma boa companhia. “Além de fazer bem pra mim e para ela, costumo ir aos domingos logo cedo, quando consigo deixá-la solta. Assim ela aproveita mais”, completa.

 

Débora Brotto (2° semestre)