A arte da batucada

Sofia Florentino – 2° semestre

Entre tambores, chocalhos e baquetas, o som de 40 aparelhos de percussão formam arte. No dia 24 de agosto, 30 baterias das maiores faculdades do país encontram-se para tocar, dançar e, com alguma sorte, ganhar o Torneio de Baterias Universitárias do Brasil, o Balatucada. Dividida em três etapas, Principal, Seletiva e Pré-seletiva, cada time procura acumular pontos suficientes para subir de nível ou levar o troféu Balatucada.

Em 2023, a Bateria ESPM levou o grande prêmio, realização muito esperada por Chica, membro da equipe de 2016 a 2023, que considera a vitória “incrível”. Ela acrescentou, ao dizer que “a gente (equipe Bateria ESPM) sempre vai para o Balatucada com um pontinho de esperança de pelo menos chegar no pódio e no ano passado, quando a Bateria fez 30 anos, a gente finalmente conseguiu”. O Baterilson, apelido da Bateria ESPM, foi vice-campeão na Balatucada de 2012 e de 2019 e conquistou o terceiro lugar de 2013 a 2017, e novamente em 2022 – a competição não aconteceu nos anos de 2020 e 2021 por conta da pandemia de COVID-19. O primeiro lugar é uma posição inédita e valiosa pois, de acordo com Chica, “foi um trabalho de décadas construído por muitas gerações”.

O Balatucada é mais do que uma competição: é uma festa e uma celebração da cultura do samba brasileiro. O evento conta com DJs, bebidas e comidas, além da energia dos fãs da batucada que contagia o ambiente. A cada apresentação, gritos, palmas e passos de dança não passam despercebidos.

Na pré-seletiva de 2024, a campeã foi a bateria Medbloco, do curso de Medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Na fase seletiva, a bateria Bandida, da EACH-USP, levou o grande prêmio. O torneio principal será realizado no dia 19 de outubro e, segundo Chica, as chances do Baterilson levar a melhor são grandes e a alegria e amor são essenciais para a conquista de uma segunda vitória consecutiva.