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Twitter/X vira palco de embates

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Imagem: https://www.freepik.com

Guilherme Paiva – 1° semestre 

Em abril de 2022, a então rede social Twitter (atual X) foi vendido por um valor de 44 bilhões de dólares para o empresário sul-africano Elon Musk. Após a compra, Musk acabou com grande parte das barreiras de proteção contra o que é publicado, potencializando o discurso de ódio na plataforma. Segundo uma pesquisa do Center for Countering Digital Hate, falas que ofendem a comunidade LGBTQIAP+ aumentaram 62% após a aquisição. 

Dois anos depois, no último dia 7 de abril, o ministro do Supremo Tribunal Federal – STF Alexandre de Moraes abriu um inquérito contra Elon Musk, após o bilionário não cumprir mandatos judiciais, além de acusar o magistrado de censurar contas na plataforma e não seguir as ordens e propostas da rede social.  

Em meio às confusões políticas e jurídicas que circundam o caso, o X corre o risco de ser bloqueado no Brasil. Uma outra possibilidade é a de que o empresário sul-africano pare de investir capital na plataforma em território brasileiro e o tire do ar, porém a decisão é incerta. Ainda assim, o X é uma plataforma que tem interferido em alguns pontos negativos no cotidiano do brasileiro. 

Disseminação de fake news 

Com a total liberdade de expressão efetivada por Musk em 2022, o antigo Twitter se tornou um grande veículo disseminador de notícias falsas. As chamadas fake news que circulam na plataforma provém de usuários, na maioria das vezes, não checam a fonte da informação, além de poderem se originar da desinformação profissional, da inteligência artificial de perfis falsos. 

Durante a pandemia de COVID-19, nos anos de 2021 e 2022, o aplicativo do bilionário recebeu muitas críticas, devido a um grande número de fakes news, já que os usuários viam muitas notícias falsas sobre vacinas e sobre a proliferação do vírus. Em janeiro de 2022, as pessoas que usavam o X passaram a comentar a hashtag #TwitterApoiaFakeNews, já que o aplicativo não fazia nada para impedir a disseminação dos conteúdos falsos divulgados.      

Cultura da violência 

Por conta de seu caráter amplamente informativo, muitas coisas podem ser veiculadas no antigo Twitter. Uma delas são publicações que fomentam a cultura da violência. Essa prática culmina em divulgar frases ofensivas contra outros usuários e grupos minoritários ou opostos à ideologia das contas publicadoras. 

O discurso de ódio é motivo de investigação contra Musk na União Europeia. Segundo a vice-presidente da Comissão Europeia, Vera Jourova, A plataforma do bilionário tem o maior número de postagens com discurso de ódio em uma rede social no continente europeu. 

A falta de moderação no Twitter e o impulsionamento de contas verificadas aumentou muito alcance de certos temas como a desinformação , as notícias falsas discurso de ódio e as ameaças éticas”, relata Gilmar Lopes, criador do site E-Farsas, responsável pelo combate as fake news no Brasil. Gilmar ainda comentou que enquanto as demais redes sociais acabaram investindo em uma curadoria humana de dados, o X fez vista grossa em relação ao que era publicado, o que acabou ampliando a disseminação das notícias falsas. “Alguns usuários se valem do suposto anonimato e do manto da liberdade de expressão irrestrita para cometer crimes online”, pontua Lopes. 

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