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Lojistas da 25 de Março apostam na combinação de Copa com festa junina

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As expectativas de lojistas da região da rua 25 de março, no centro de São Paulo, sobre as vendas de artigos para a Copa do Mundo no Brasil estão altas. A combinação do Mundial com a época de festas juninas é a razão. Luiz Gustavo de Oliveira é gerente da loja Festas e Fantasias, situada na Ladeira Porto Geral. A loja conta com um estande especial com artigos só sobre a Copa. “Além das decorações que a gente tem, vai misturar festa junina com Copa do Mundo. Então, balão? Vai ser verde e amarelo, o preço varia com o tamanho”, afirma Oliveira.

Os artigos mais vendidos são apitos, bolas, camisetas, bonés. “Os lojistas compram para revender, mas compram também muitas pessoas que não são lojistas”, conta o gerente. Ele diz que a loja está vendendo esses artigos desde a Copa das Confederações, em 2013. “A gente tinha pouca coisa e fomos aumentando a diversidade dos produtos. Não só a quantidade, mas também a variedade. Conforme saem os produtos, vão chegando novos artigos”, afirma o gerente.

Foto Maria Eugênia Bertolaccini Loja na região da rua 25 de Março com a decoração relativa à Copa do Mundo

Foto Maria Eugênia Bertolaccini
Loja na região da rua 25 de Março com a decoração relativa à Copa do Mundo

 

 

Kelly Cristina, vendedora da Festas e Fantasias, está trabalhando no balcão da Copa há cerca de quatro meses. Ela conta que, de acordo com conversas com outras funcionárias, a venda em época das outras Copas foi mais movimentada e que os produtos de outros países estão saindo bastante. “As bandeiras estão saindo bastante porque o pessoal vem buscar para trabalho de escola. Festas de casamentos também, para dar de lembrancinha”, diz.

Vendedora de outro estabelecimento da Ladeira, Neuza Ueno trabalha na Porto das Festas e Fantasias há cinco anos. Ela conta que apenas os artigos da Copa do Mundo estão vendendo. “O resto da loja está parado”, revela. Sua companheira de trabalho Graziela Santos está encarregada de vender os artigos em um balcão especial. Ela conta que os produtos que mais saem são as bandeiras, as placas e o varal de bandeirolas. “Trabalhamos com 15 países que vão jogar na Copa e está saindo bastante. Tudo o que a gente colocar de novidade vai sair”, afirma.

Entre os clientes que circulavam pela Ladeira estava Cátia Santana, designer de interiores, que frequenta a região durante as épocas festivas. “Estamos comprando vuvuzela, artigos de decoração, chapéus, essas coisas”, afirma Cátia. Ela diz que o investimento na compra de produtos é válido para se divertir na Copa do Mundo.

Dono do açougue West Boi, Ricardo Gouveia, comprou artigos de decoração para enfeitar sua loja. “A 25 [de Março] é o lugar que tem preços melhores, mais baixos. A gente tem costume de enfeitar a loja nas épocas comemorativas, como o Natal, Páscoa, Dia dos Namorados”, afirma o comerciante.

Com objetivo parecido, o síndico Guilherme Amaral comprou bandeiras para enfeitar as áreas úteis do condomínio onde trabalha, localizado no Jardim de Saúde, zona sul de São Paulo. “As pessoas entram no clima quando veem as decorações e na 25 tem de todos os times que vão jogar na Copa”, afirma.

Investimentos

Em pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, 56% dos empresários esperam o aumento de suas vendas durante o período da Copa. Segundo o estudo, publicado em abril de 2014, foram entrevistados 600 empresários de comércio e prestação de serviços, “cujo segmento de atuação tem relação direta com o evento nas sete cidades-sede que mais receberão partidas”.

Entre os setores analisados, o de hotelaria é o que tem mais expectativas de lucratividade, seguido do setor de lazer, alimentação e transporte. Em contrapartida, 27,4% dos empresários que atuam no setor de comércio acreditam que o segmento será um dos menos lucrativos, em oposição aos 23,8% dos entrevistados que esperam grande faturamento nas vendas.

De acordo com a pesquisa, 63% dos empresários entrevistados não fizeram e nem irão fazer investimentos ou preparações no próprio negócio em razão da Copa. A razão para a falta de investimentos, para 42% dos que não pretendem fazê-los, está na dúvida de que haverá ou não um aumento significativo nas vendas.

A Univinco (União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacência) espera um aumento de 6% nas vendas em relação à Copa do Mundo de 2010, segundo Cláudia Hurias, assessora de imprensa da entidade. Sobre a preparação para o evento, a associação está cobrando dos órgãos públicos algumas providências. ”O aumento do efetivo de policiamento militar, a limpeza e algumas obras de melhoramento de vias”, diz Cláudia.

Segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) desde 2002 as vendas do comércio varejista restrito normalmente diminuem 0,7% no bimestre de Copa em relação a anos normais. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou um estudo sobre as expectativas de vendas das empresas nos dias de jogo. A pesquisa mostra que 52,3% das 587 empresas ouvidas esperam reflexo pequeno nos custos causados por paralisações nos dias de jogos e 12,4% não preveem nenhum impacto. Cerca de 27,1% afirmaram a possibilidade de grande impacto. Para 72% das empresas, o reflexo no faturamento será pequeno ou negativo, e 13,7% acham que não haverá impacto.

 

Serviço

Festas e Fantasias

Ladeira Porto Geral, 35/55 – Centro – SP / Telefone: (11) 3116-9227

Segunda a sexta, das 8h às 18h; sábado, das 8h às 14h30

 

Porto das Festas e Fantasias

Ladeira Porto Geral, 88 – Centro – SP / Telefone: (11) 3228-4890

Segunda a Sexta – 9h às 18h / Sábado – 9h às 14h.