Alberto Santos Dumont nasceu no dia 20 de julho de 1873 em Palmira, Minas Gerais e foi o sexto filho de Henrique Dumont, dono de grandes lavouras e fazendas de café, além de ter ajudado na criação do primeiro carro a gasolina.
Alberto desde pequeno se interessava pela aeronáutica e viu seu primeiro voo aos 15 anos de idade em 1888, quando um aeronauta subiu num balão esférico e desceu de paraquedas.
Em 1891, a família de Dumont fez uma viagem a Paris, na qual Alberto começou a se interessar pela área mecânica, esse interesse depois se transformou na criação do seu primeiro balão, que não possuía motor.
Santos Dumont iniciou o Curso de Engenharia na Escola de Engenharia de Minas, porém não concluiu o curso. Também estudou na Universidade de Bristol, mas não terminou os estudos. Com 24 anos, Santos Dumont foi para França e contratou aeronautas profissionais para o ensinar como pilotar um balão, ascendendo em um balão pela primeira vez no dia 23 de março de 1898.
Em 1900, Santos Dumont já havia criado 9 balões, entre eles, o Brazil e o Ameriqué. No final do século 19, a dirigibilidade de balões ainda não era algo possível, porém Dumont construiu 10 dirigíveis, cada um com um propósito técnico e de uso.
Em 1905, Dumont construiu um aeromodelo planador. No dia 23 de outubro de 1906, com o seu avião 14-Bis, Santos Dumont fez o primeiro voo público no campo de Bagatelle, na França.
Alberto Santos Dumont começou a sofrer de esclerose múltipla, fazendo com que não conseguisse mais dar continuidade as suas invenções, porém, em 22 de agosto de 1909, participou da Grande Semana da Aviação em Reims, realizando seus últimos voos.
Em 1910 Dumont sofreu um acidente em seu avião Demoiselle, fazendo com que encerrasse de vez sua oficina e parasse de sair socialmente.
Em 1915, o aeronauta teve uma piora de saúde, fazendo com que ele voltasse ao Brasil. Em 1916, foi Presidente da 1ª Conferência Pan-Americana de Aeronáutica no Chile e em 1922 Santos Dumont não tinha uma residência fixa, morando entre São Paulo, Rio de Janeiro, Paris, Petrópolis e a Fazenda Cabangu.
No dia 6 de novembro de 1924 foi eleito Grande-Oficial da Ordem de Leopoldo II, um ano depois foi internado na Suíça em decorrência do seu estado de saúde. Em 1928, retornou ao Brasil de barco. Com um quadro de bipolaridade e depressão, além da decepção de ver sua criação sendo usada em guerras, Santos Dumont suicidou-se em 23 de julho de 1932, no Hotel de La Plage, no Guarujá, São Paulo. O enterro foi no Cemitério São João Baptista, no Rio de Janeiro.
O médico Walther Haberfield removeu secretamente seu coração durante o processo de embalsamento e o preservou em formol. Manteve isso em segredo durante doze anos, quando quis devolver o coração, a família do Aeronauta não aceitou, levando o médico a doar o coração de Santos Dumont ao governo brasileiro. Hoje o coração está revestido em ouro e bronze e exposto no museu da Força Aérea no Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro.
Ao longo se sua vida, Santos Dumont foi reconhecido pelo prêmio Deutsch e o prêmio Archdeacon, além de ter um aeroporto batizado em seu nome, o Aeroporto do Rio De Janeiro Santos Dumont. Também escreveu duas obras, sendo elas: Meus Balões, 1904 e O Que Eu Vi O Que Nós Veremos, 1918.