Pelo Mundo ESPM – História do Cinema
Amanda Amorim (1º semestre)
Gabriella Figueiredo (1º semestre)
O cinema constitui-se em um dos variados modos de expressão cultural da sociedade industrial e tecnológica contemporânea. Desde os primórdios das produções cinematográficas, produtores e diretores de cinema o consideravam como uma poderosa ferramenta para instrução, educação e reflexão humanas.
No dia 28 de dezembro de 1895, os irmãos franceses Auguste e Louis Lumière, realizaram a primeira exibição pública cinematográfica.
No entanto, a criação do cinema foi resultado do esforço de vários inventores que trabalhavam para conseguir registrar imagens em movimento.
Com o advento da fotografia foi possível fixar a imagem numa superfície, seja ela papel, placa de metal ou vidro. Desta maneira, a cinematografia nasceu através dos avanços da fotografia.
A própria etimologia da palavra cinema explica isso. Afinal, “cinema” é a abreviação de cinematógrafo. “Cine”, vem do grego e significa movimento e o sufixo “ágrafo”, aqui significa, gravar. Assim, temos o movimento gravado.
A captura da “imagem-movimento” foi possível a partir de 1889 com a criação do cinescópio por William Dickson, assistente do cientista e inventor americano Thomas Edison.
Esse invento e os modelos que o sucederam na década seguinte contribuíram para o desenvolvimento do cinema tal como o compreendemos hoje.
Assim, no ano de 1892, o francês Léon Bouly conseguiu, a partir do cinescópio, desenvolver o cinematógrafo, um modelo que conseguia gravar e projetar a luz das imagens-movimento em tela, em quadros por segundo.
Contudo, o inventor não possuía dinheiro para registrar a patente do invento. O cinematógrafo acabou por ser patenteado pelos irmãos Lumière, que passaram, a partir de 1895, a fazer várias produções cinematográficas de pequena capacidade e a exibi-las em sessões especiais para isso.
A primeira exibição de filme feito por Auguste e Louis Lumière ocorreu em 22 de março de 1895. O filme era intitulado (A saída da Fábrica Lumière em Lyon) e registrava a saída dos funcionários do interior da empresa Lumière, na cidade de Lyon, na França.
Foi ainda com os irmãos Lumière que começaram as primeiras “direções cênicas” para o cinema. O cinematógrafo logo passou a registrar não apenas cenas do cotidiano, mas também cenas dramáticas e com um nível mais profissional.
Após a grande exposição a arte cinematográfica ficou cada vez mais reconhecida sendo explorada e apresentada por artistas pelo mundo todo.
Iniciou-se então a era do cinema mudo, fazendo grande sucesso. Desde o início, inventores e produtores cinematográficos tentaram casar a imagem com um som sincronizado. Mas nenhuma técnica deu certo até a década de 1920.
Assim sendo, durante 30 anos os filmes eram praticamente silenciosos sendo acompanhados muitas vezes de música ao vivo, outras vezes de efeitos especiais e narração e diálogos escritos presentes entre cenas. Tendo destaque para Charles Chaplin, considerado uma das figuras mais importantes no cinema mudo.
Sendo assim, os Estados Unidos começaram a destacar-se no mundo do cinema fazendo e importando diversos filmes. Thomas Edison tentou tomar o controle dos direitos sobre a exploração do cinematógrafo.
Alguns produtores independentes emigraram de Nova York à costa oeste em pequeno povoado chamado Hollywoodland, graças a Griffith, que já o sugeria. Lá encontraram condições ideais para rodar: dias ensolarados quase todo ano, diferentes paisagens que puderam servir como locações e quase todos as etnias como, negros, brancos, latinos, indianos, índios, orientais e etc, um “banquete” de coadjuvantes.
Assim nasceu a chamada “Meca do Cinema”, e Hollywood se transformou no mais importante centro da indústria cinematográfica do planeta, como é representado até os dias atuais.
Nesta época foram fundados os mais importantes estúdios de cinema Fox, Universal Studios, Paramount.
Os estúdios encontraram diretores e atores e com isso nasceu o “star system”, sistema de promoção de estrelas e com isso, de ideologias e pensamentos de Hollywood.
Começaram a se destacar nesta época comédias de Charlie Chaplin e Buster Keaton, aventuras de Douglas Fairbanks e romances de Clara Bow.
Até então já haviam sido feitos experimentos com som mas com problemas de sincronização e amplificação. Em 11 de janeiro de 1914 estreava o “Fotodrama da Criação”, uma apresentação marcante produzida para que as pessoas desenvolvessem fé na Bíblia como a Palavra de Deus.
O uso do som fez com que o cinema se diversificasse mais em termos de gêneros. Dessa nova tecnologia nascia o musical e também algumas comédias cinematográficas. E do casamento dos dois surgia a comédia musical.
Assim com a imagem e o som, o cinema se tornou um grande sucesso ao decorrer dos anos trazendo diferentes gêneros e públicos para arte cinematográfica. Filmes famosos foram produzidos durante a famosa era do Ouro do cinema Americano, referindo-se aos filmes produzidos entre os anos 20 aos anos 60 nos Estados Unidos.
Destacam-se, nesse período, os filmes musicais, gênero bastante popular na época, estúdios como a MGM, Warner Bros., 20th Century Fox, RKO e Paramount, além dos estúdios Disney, destacavam-se na produção e distribuição nacional e internacional desses longas-metragens.
Nesta mesma época com o sucesso de Hollywood e sua ideologia, foi fundada a cerimônia de premiações Óscars, que atualmente é considerada o prêmio mais importante do cinema mundial.
Durante a década de 2000, o mercado cinematográfico começou em festa! O consumo por esse tipo de entretenimento é desenfreado, fazendo com que o consumo de ingressos cresça por toda a parte.
No Brasil, denomina-se esse período como a pós-retomada do cinema brasileiro, em que a indústria cinematográfica se consolida no País. O cinema nacional adquire reconhecimento internacional, com diversos filmes indicados para festivais e Oscar.
Por exemplo, Cidade de Deus (2002) de Fernando Meirelles, Carandiru (2003) de Hector Babenco, Tropa de Elite (2007) de José Padilha, e Enquanto a Noite não Chega (2009) de Beto Souza e Renato Falcão.
Além disso, com a introdução de novas tecnologias, as produções fílmicas e as vendas de bilheteria aumentaram profundamente. Os filmes em 3D e o triunfo da Animação são algumas dessas inovações.
Tendo em vista que o salto quântico da captação e da exibição digital de imagens trouxe a possibilidade da “experiência imersiva” no entretenimento visual. Sendo um dos filmes mais aclamados pelo uso do 3D, o sucesso – Avatar (2009) de James Cameron. Ademais, as produções feitas inteiramente em computadores, estabelecendo um novo nível de excelência técnica ganharam grande popularidade.
Atualmente, é marcante a questão da globalização e da diversidade nas produções cinematográficas globais. Com Quem Quer Ser Um Milionário (2008) de Danny Boyle até Parasita (2019) de Bong Joon-Ho, fica evidente como filmes de todas as partes do mundo, os quais retratam outras culturas e realidades, estão conquistando as telas do mundo ocidental.
Não só isso, mas temas que antigamente eram considerados “tabus” estão passando a ganhar lugar dentro das produções. O movimento feminista, as questões raciais e a comunidade LGBTQIA+ ganham as telas com longas e passam a dar maior visibilidade a essas causas.
A título de exemplo: As Sufragistas (2015) de Sarah Gavron, Infiltrado na Klan (2018) de Spike Lee, e Me Chame pelo seu Nome (2017) de Luca Guadagnino, respectivamente.
Com o desenvolvimento do cinema e sua popularização, pessoas através do mundo todo começaram a consumir e produzir filmes, nós trazendo para os dias atuais onde a imprensa cinematográfica é considerada o estilo de arte mais importante para a humanidade, usado como meio de comunicar histórias, pensamentos e opiniões, que muitas vezes trazem em tona criticas a sociedade atual.