O bom filho à Vila torna: conheça o artesão Julio Flávio
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Com olhar tranquilo, Julio Flávio de Sá exibe seu trabalho na esquina da rua Doutor Álvaro Alvim com a Major Maragliano. Qualquer um que passe pode imaginar que seu objetivo é a venda mas essa não é a prioridade do artesão. No ramo há 27 anos, quando tinha apenas 15 anos de idade, sua maior realização é ver o sentimento que sua arte evoca nas pessoas.
De volta à Vila Mariana depois de oito anos vendendo em outros lugares, não vê o ponto de venda como uma possibilidade de futuro ou de ganho: “Vejo a arte como algo que bate no coração das pessoas e, pra mim, é isso que interessa e aqui eu vejo uma possibilidade disso”, diz.
No tempo que passou distante, foi morar no litoral e lá vendeu seu trabalho. “Já trabalhei no Brasil inteiro, só não sai do país”, conta Julio Flávio. Logo quando voltou para São Paulo estabeleceu seu ponto na Avenida Paulista, onde pagava licença para não ter que “correr que nem um bandido” quando as autoridades apareciam.
Público
Com a legalização de expressões artísticas nas ruas de São Paulo, voltou a vender suas peças de couro, metal e massa na Vila Mariana, onde o público tem preferência por seus colares e pulseiras, de acordo com o vendedor.
Julio recomenda a seus clientes atuais, universitários, que sejam perspicazes naquilo que desejam, ao ingressar na vida profissional. “Nunca pense só no lado financeiro, mas no que possa ser realmente agradável, porque isso não tem valor”.
Por Victória Faragó, 1º semestre