Estudantes da ESPM-SP que visitaram as praias do estado de São Paulo durante o Carnaval, entre 1º e 5 de março, expressaram decepção com a infraestrutura local. A segurança, a mobilidade e os postos de saúde foram os pontos mais criticados. Eles fazem parte dos mais de 1,8 milhão de turistas e 400 mil veículos que seguiram para o litoral de São Paulo durante o feriado, segundo a Ecovias, empresa que administra o sistema rodoviário que liga a capital à Baixada Santista.
A falta de policiamento e segurança nas orlas foi a principal reclamação dos turistas. “Existe uma sensação de insegurança muito grande nas orlas do litoral norte do estado”, relatou Rafael Peral, estudante de Jornalismo da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing). “O litoral sul teve uma melhora significativa no quesito do policiamento, mas a parte norte continua sofrendo com arrastões e furtos”, afirmou Peral, que visitou a cidade de Bertioga.
A precariedade da estrutura médica também foi outra das reclamações dos turistas que visitaram o litoral paulista. Carlos Eduardo Ortali, também estudante de Jornalismo da ESPM-SP, destacou que os hospitais, especialmente os do Guarujá, não estavam preparados para atender o grande fluxo de visitantes durante o feriado, resultando em dificuldades de acesso ao sistema de saúde. “Os hospitais não têm uma estrutura adequada para receber os turistas na alta temporada. Sempre surgem problemas relacionados à saúde pública no litoral, que poderiam ser evitados com maior planejamento e investimento do governo”, concluiu Carlos.
Outra pauta que gerou insatisfação entre os turistas entrevistados foi o congestionamento nas estradas. “Minha maior dor de cabeça não foi a questão da infraestrutura ou policiamento, mas sim a questão da locomoção. Levamos horas para concluir um trajeto relativamente curto, além de ser muito difícil a utilização de carro no litoral norte, por conta da má condição das ruas”, disse Luna Lima, estudante de Jornalismo da ESPM-SP.