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Escritor brasileiro, Raphael Montes, figura entre os livros mais vendidos

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O autor com a edição americana do livro / Foto: reprodução Facebook

O autor com a edição americana do livro / Foto: reprodução Facebook

O escritor Raphael Montes tem apenas 26 anos e já figura na lista dos livros nacionais mais vendidos no Brasil e possivelmente no mundo. Seu segundo livro publicado, Dias Perfeitos, já saiu em nove países – sendo eles Portugal, Inglaterra, França e Estados Unidos, entre outros – e tem os direitos vendidos para pelo menos mais sete. Além desse, o autor tem mais dois livros publicados aqui, o romance Suicidas e o livro de contos O Vilarejo.

Segundo Montes, “Dias Perfeitos basicamente é a história de um sujeito chamado Téo, estudante de medicina muito quieto, que um belo dia se apaixona por Clarice, uma menina totalmente diferente dele e que não quer nada com ele. Téo decide então forçar Clarice a gostar dele e a sequestra, acreditando que assim a menina vai conhece-lo melhor, se arrepender da sua decisão e perceber que ele é o homem da sua vida. Enfim, é uma história de amor obsessivo cujo elemento interessante é o fato de ser narrado da visão do psicopata, então o leitor tem a oportunidade de entrar na cabeça dele e entender a sua lógica”.

Em entrevista ao Portal de Jornalismo, Raphael Montes comentou sobre a publicação no Brasil e em outros países, a recepção dos leitores e a comparação com outros grandes autores da atualidade.

De onde surgiu a inspiração para escrever Dias Perfeitos?

Eu havia escrito um primeiro livro chamado Suicidas, publicado em 2012 pela Editora Benvirá. Com a publicação desse livro, que teve uma certa repercussão, boas críticas, e começou a atingir alguns leitores, mas não estourou como um grande sucesso. Depois desse, minha mãe pediu para que eu escrevesse uma história de amor, foi uma provocação dizendo que eu tinha escrito um livro muito violento e pediu para que eu escrevesse algo mais romântico e bonito.

Então, eu aceitei essa provocação e tentei então pensar em como seria uma história desse tipo contada do meu jeito. A partir daí eu pensei no título, que é absolutamente irônico, e pensei em uma história de amor obsessivo com muito humor negro e cenas chocantes, que é Dias Perfeitos.

Vendo a história agora, quase dois anos depois da primeira publicação, você acha mudaria algo?

Eu tenho certeza que se lesse o livro hoje, ia querer mudar não só uma coisa, mas muitas. Por isso mesmo tenho a esperteza de não ler meus livros; eu leio muito quando ele ainda é um arquivo de word, quando volta da revisão e preparação. Uma vez publicado, eu não faço isso mais, porque eu não tenho mais como mexer em nada, seria torturante para mim. Depois de publicados, não os leio, só ouço, aceito e reflito sobre comentários.

Qual foi o primeiro país, além do Brasil, a publicar o livro? Como aconteceu?

Felizmente, na minha carreira aconteceu algo raro: o primeiro país a comprar os direitos foi justamente os EUA com a Penguin Random House. Geralmente, os EUA são um dos últimos países a comprar os direitos internacionais de um livro; eles costumam ir na tendência dos outros países. Quer dizer, para os autores que não são norte-americanos, mas no meu caso a Penguin comprou os direitos e com isso quase todos os principais países da Europa fizeram isso. O livro agora está vendido, salvo engano, para 16 países e já saiu em acredito 8 ou 9.

O que você sentiu quando soube que realmente Dias Perfeitos ia ser publicado fora do nosso país?

Naturalmente fiquei muito feliz em saber que meu trabalho chegaria a outros países, principalmente porque eu acredito que a literatura brasileira, dando destaque à policial brasileira, infelizmente ainda tem pouca repercussão internacional. Então fiquei feliz de ter meu trabalho representando a literatura policial brasileira no mundo, na verdade é uma honra, um privilégio, já que sou apaixonado pelo gênero.

Como foi a recepção do livro nos outros países?

A recepção nos outros países depende muito principalmente do investimento da editora, do trabalho que ela faz com o livro, se é um dos principais lançamentos dela ou só mais um do mês. Os EUA, a Inglaterra e a França, ao meu ver foram os três melhores países estrangeiros a publicar e divulgar meu livro; são as três editoras que sem dúvida me deixaram mais satisfeito.

Além dos lançamentos internacionais, você teve outra experiência assim, na Feira Internacional do Livro de Guadalajara. Como foi?

O convite para a Feira Internacional do Livro de Guadalajara me deixou muito feliz, porque é muito bem organizada e é a segunda maior do mundo. Tem uma sequência de mesas voltadas especialmente para autores brasileiros e o diálogo com os países latino americanos é superinteressante. A recepção do livro foi boa e eu pude conversar com leitores mexicanos, que me deixou muito feliz. Além do fato de que eu não conhecia o México e achei um país maravilhoso, incrível. Passei um tempo na Cidade do México antes e depois fui para Guadalajara para aproveitar a feira, foi muito legal.

Nos Estados Unidos você foi comparado a Dexter (personagem de uma série de livros) e a Gillian Flynn (autora de Garota Exemplar), que é uma autora de excelentes thrillers. Como você se sendo comparado a ícones da atualidade e porque acha que isso acontece?

Na imprensa norte-americana, é muito comum que, para referenciar um livro, esclarecer ao leitor o público-alvo daquele livro e do que que se trata, eles façam comparações. Então fico muito feliz na verdade por ser comparado aos livros da série Dexter ou da Gillian Flynn, porque são de autores contemporâneos que eu admiro e fazem o mesmo trabalho que eu faço. Acho que faz parte, na verdade lamento que a imprensa brasileira seja tão covarde em defender os autores em que ela acredita, ou seja, lá os jornais são parciais e fazem resenhas positivas efetivamente ou negativas. Eles tomam partido, defendem um autor, comparam com o que gostam e promovem ou detonam ele. Tomam a decisão e são mais corajosos, ao meu ver, na hora de elogiar ou criticar.

Depois de 15 publicações (uma vez que a Polônia é o 15º país a publicar), você já se acostumou com o fato de que pessoas do mundo todo leem seus livros?

Confesso que não tenho pensado muito nisso, mas adoro quando recebo e-mails de leitores do mundo todo. Já recebei de leitores franceses; americanos, perguntando se vou fazer uma turnê norte americana; espanhois e da América Latina também. Isso me deixa muito feliz. Ver que tem pessoas ao redor do globo lendo Dias Perfeitos, mas acho que se eu ficar pensando muito nisso eu me travo um pouco, prefiro não focar tanto nessas coisas.

Por que você acha que seus livros fazem tanto sucesso em tantos lugares?

Olha, quando escrevo meus livros, sempre tento escrever tramas universais mesmo, que se passem no Brasil, são tramas universais à medida que tratam do ser humano. Trazem questões humanas como: ambição, amor, medo, luxúria; então meus livros acredito que eles tocam leitores do mundo todo na medida que falam a todos eles, enfrentam questões que todos eles pensam ou enfrentam. Por ser passado no Brasil, também acho que chama a atenção por ser de um país que, em geral, não é conhecido por sua literatura de sucesso.

Qual foi sua capa preferida mundo afora?

É complicada essa pergunta. Gosto muito da americana, da britânica, da canadense e amo a brasileira. Provavelmente a brasileira é minha favorita, seguida pela americana e britânica.

Como foi a experiência de escrever para A Regra do Jogo? Pretende escrever mais para novelas?

Foi super legal, eu sempre gostei de novelas e pretendo escreve-las; quem sabe um dia ser novelista e ter meu próprio trabalho filmado e apresentado diariamente na televisão brasileira. Tomara né, vamos ver.

Dias Perfeitos vai mesmo virar um filme? Algum detalhe sobre a produção?

Parece que sim, Dias Perfeitos teve os direitos vendidos para o cinema, está supervisionado pelo produtor e ele me informa as vezes; está encaminhando tudo para que se torne um filme. Pena que não tenho muitos detalhes da produção a não ser o fato de que é produzido pela RT features, uma produtora de São Paulo.

 

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