No último dia 11 de abril, um vendedor ambulante senegalês, Ngange Mbaye, morreu baleado por um policial militar durante uma abordagem no Brás, na região central de São Paulo. O incidente ocorreu durante uma ação de fiscalização da prefeitura, que contava com o apoio da Polícia Militar.
A morte de Mbaye gerou protestos de outros ambulantes, resultando no fechamento temporário do comércio local, devido ao clima de tensão. Segundo a CNN Brasil, a presença policial foi reforçada para conter possíveis novos confrontos, enquanto as investigações sobre o ocorrido continuavam.
Já comunidade imigrante em São Paulo, especialmente a senegalesa, expressou indignação com a violência policial e com a falta de políticas públicas para regularizar o comércio ambulante, segundo o jornal Agenda do Poder. Líderes comunitários denunciaram práticas recorrentes de racismo e xenofobia, ressaltando que a morte de Mbaye não foi um caso isolado.
A comerciante Léila Paixão falou ao Portal sobre sua relação com a polícia na região do Brás: “A polícia não é muito presente no comércio. Me senti desconfortável durante uma abordagem policial. Por trabalhar com pirataria, minha situação com a polícia acaba sendo difícil. Acho que eles deveriam deixar os trabalhadores em paz e ir atrás dos bandidos”.
Outra comerciante da região do Brás, que não quis ser identificada, falou sobre sua relação com os policiais: “Sinto que o movimento dos policiais no comércio é bem fraco e, por essa falta de movimento, nunca fui abordada. Muitas vezes, ninguém chama a polícia para evitar a interação com policiais. Eles focam mais em acabar com o comércio dos ambulantes do que ajudar no combate a assaltos e furtos”, afirma.