Giulia Vanni – (2º semestre)
Na década de 70, um terreno de, mais ou menos, 300 mil metros quadrados, entre a Vergueiro e a Av. 23 de maio, foi cedido à prefeitura de São Paulo. É aí que surge o Projeto Vergueiro, em 1973.
O Projeto Vergueiro buscava promover a urbanização por meio da construção de um complexo de escritórios, hotéis, shopping e biblioteca pública. Ele foi cancelado, após dois anos, restando apenas o projeto para a biblioteca pública, sendo ela moderna, com comissão de estudos e livre acesso, para escancarar as informações para o público.
O novo prefeito, Reynaldo de Barros, que sucedeu a Olavo Setúbal, reformulou o projeto, inspirando-se no Georges Pompidou, na França, para um novo centro cultural multidisciplinar, porque ele acreditava que a obra era grande demais para ser apenas uma biblioteca. O novo centro teria cinema, teatro, recitais, concertos, ateliês e exposições. Os arquitetos na linha de frente eram Eurico Prado Lopes e Luiz Telles. O principal objetivo do centro seria, por meio de dimensões amplas, múltiplas entradas e caminhos, facilitar o encontro do usuário com o que o centro cultural ofereceria.
O projeto, que teve início durante a ditadura, foi muito polêmico pra época, e amplamente discutido na mídia. O arquiteto Luiz Telles disse que “ficávamos de prontidão para ver com o que iam implicar. Não que fôssemos subversivos, os outros é que eram retrógrados”.
Então, surgiu o centro cultural de São Paulo, inaugurado no dia 13 de maio de 1982. A logo do projeto foi criada por Emilie Chamie, inspirada nas estruturas do prédio, e seu marido, Mário Chamie, disse que o principal objetivo era “refletir toda essa igualdade cultural brasileira que é feita das diferenças”. Hoje, ele se localiza entre a Av. 23 de maio e a Rua Vergueiro e é de livre acesso.
Hoje, o centro conta com diversas áreas de lazer para jovens e pessoas praticarem atividades físicas, danças e diferentes tipos de arte. É aberto para todos os públicos e de livre acesso, ao lado da estação de metrô da Vergueiro.
Com exposições de arte, shows, teatro, cinema, galerias, livrarias e biblioteca, o Centro Cultural de São Paulo reúne tudo que há de melhor.