Técnicos estrangeiros ganham espaço no Brasil

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Por: Arthur Sapiro, Luis Feitosa, Luiza Torres, Pedro Accorsi e Pedro Cohem

Jorge Jesus, Abel Ferreira, Miguel Ángel Ramírez… cada vez mais os treinadores de fora do Brasil têm ganhado espaço no cenário futebolístico brasileiro, mas você já parou para se perguntar os motivos disso estar acontecendo? Seria moda ou realmente os estrangeiros entregam mais resultados que os nativos?

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras/Foto: Nelson Almeida/AFP

Desde 2017 que um técnico brasileiro não levanta a taça da Libertadores da América. São quatro anos seguidos com argentinos e portugueses dividindo a principal taça do continente, o que é algo que chama a atenção dos clubes, visto que, mesmo aqui no Brasil tem sido difícil para os brasileiros obterem sucesso como os principais treinadores do país. Em 2019 e 2020, Brasileirão e Copa do Brasil, respectivamente, foram levantados por treinadores da “terrinha”.

Para o ex-jogador e agora apresentador, Neto, os brasileiros pararam no tempo: “O Guardiola foi para o Bayern de Munique e se apresentou em alemão. Aí pegam nossos treinadores e falam: ‘A gente tem que ganhar esse jogo porque é um prato de comida’. O cara lá não precisa de comida. Os caras estudaram. Os caras já têm comida, mulher. Os caras têm estudo, os caras falam inglês e francês. Essa resenha não funciona com eles. Vocês treinadores de hoje pararam no tempo. Será que vocês treinadores não sabem que tem que falar uma nova língua, um inglês fluente, um francês?”, comentou o ex-atleta.

Neto durante o programa Os Donos da Bola/Foto: Reprodução

Modismo ou não, a realidade é que os estrangeiros têm se mostrado mais preparados que os brasileiros para atingirem os principais títulos do continente sul-americano. Jorge Jesus, campeão da Libertadores e do Campeonato Brasileiro em 2019 pelo Flamengo, Abel Ferreira, bi-campeão da Libertadores em 2020 e 21, além de campeão da Copa do Brasil de 2020 e do Paulistão de 2022 com o Palmeiras e Hernán Crespo, que tirou uma fila de 9 anos sem títulos das costas do São Paulo justificam essa ideia.

Dessa forma, cabe aos brasileiros acordarem para a realidade atual do mercado e se atentarem para as exigências que clubes têm pedido para acharem novos treinadores.