Pioneira, MariMoon quer rede para as pessoas

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MariMoon foi convidada da pelo Centro Acadêmico (CA) para a Semana da Comunicação. Foto: Maria Travalin

Texto: Maria Travalin e Stella Lima (1º semestre)

A jornalista e influencer MariMoon marcou presença na tarde do dia 9 no Auditório Renato Castello Branco, na ESPM-SP. Convidada da Semana da Comunicação, organizada pelo Centro Acadêmico (CA), a influenciadora abordou temas como a consolidação de uma identidade na internet, as tendências criadas ao longo dos anos e a evolução das redes sociais.

Pioneira no universo digital, MariMoon migrou do Fotolog para o Youtube e marcou a primeira geração de influenciadores do Brasil. Quando questionada sobre esse processo, disse não ser algo fácil, por não ter a garantia de lucratividade: “você tem que fazer porque acredita muito e porque gosta, você faz porque te dá prazer e não pelo resultado financeiro”.

Ao longo de sua trajetória profissional, Mari acumulou experiências em diversos veículos de comunicação, como MTV, SBT e Globo, além de testar outras formas de expandir seu público com projetos externos. Ela comenta que ter “saído da bolha” diversas vezes e que a versatilidade durante sua carreira permitiram que se consolidasse no mercado.

Essa conquista da blogueira só foi possível, segundo ela, porque havia poucas pessoas com acesso à Internet e com presença online no período em que começou. A construção constante de uma identidade tornou Mari uma inspiração para esse público fiel, pois criar e falar sobre tendências consolidou um estilo autêntico para sua imagem.

A palestrante relembra como antes as redes sociais tinham o intuito de comunicar e conectar as pessoas, principalmente porque o conteúdo ainda não era monetizado. Ela sente que, hoje em dia, a necessidade gira em torno de vender a publi e fechar o algoritmo com a marca. “Meu sonho, se eu pudesse, seria um Twitter (atual X) sem fins lucrativos, cuja única meta seria conectar as pessoas e não priorizar aquele que ganha mais likes, porque isso não é democrático. Seria um começo de uma estrutura pra gente, e não pra marca”, completa.

Mari finalizou o evento dizendo que, atualmente, com o avanço da internet, de certa forma todos são influenciadores e viram uma comunidade com um potencial de influência. Segundo uma pesquisa realizada pela Husky em 2023, a curiosidade dos brasileiros pelo universo dos influenciadores digitais aumentou em 100% desde 2018.