Parklet integra meio ambiente e comunidade

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Iniciativa pretende investir em espaços livres para a população. Foto: Thayane Matos

A região da Vila Mariana ganhou, no dia 13 de agosto, um novo parklet – extensão da calçada que toma lugar de uma vaga de carro – nas imediações do metrô Paraíso, na esquina das ruas Doutor Oscar Porto e Abílio Soares. O decreto que regulamenta a criação dessas praças foi assinado pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, no dia 16 de abril.

O primeiro espaço reservado para o parklet na cidade foi criado na esquina da rua Padre João Manuel com a Avenida Paulista, no mesmo mês da regulamentação. Desde então, o Instituto Mobilidade Verde vem instalando extensões de calçadas nos bairros da cidade. A ideia veio de San Francisco, nos EUA, em 2010. “Achamos que esta era uma discussão pertinente para São Paulo”, diz Lincoln Paiva, presidente do Instituto.

O Instituto Mobilidade Verde é uma ONG que tem a finalidade de fazer com que a sociedade entre em contato com o meio ambiente e com sua comunidade. “Desde a Grécia Antiga, a cidadania era exercida em praça pública. Era lá que o cidadão discutia melhorias para a sua comunidade”, afirma Paiva.

O parklet da Vila Mariana é o sexto implantado em São Paulo. Essas “pracinhas” podem ser guarnecidas com bancos, cadeiras, mesas, plantas, aparelhos de exercício físico… Enfim, com qualquer estrutura que promova manifestações artísticas e interação humana.

Lazer e cidadania

O presidente do Instituto acredita que ainda é cedo para avaliar a repercussão da praça da Vila Mariana. Porém, há quem já tenha aproveitado e aprovado o espaço, como é o caso do cabeleireiro Gilmar Prando. Ele avalia que “esses espaços vão mostrando para o público que só pensa em carro que existem outras alternativas, outras possibilidades para viver em São Paulo”.

O Instituto promove aulas sobre a implantação das praças, a Escola de Parklets e qualquer pessoa pode participar. Segundo Paiva, o curso dá uma dimensão sobre o que é um parklet. Quem quiser implantá-lo deverá solicitar uma permissão à subprefeitura, junto a um termo de compromisso de instalação, manutenção e, já que as praças são temporárias, de remoção.

Segundo o site da Prefeitura de São Paulo, alguns locais não poderão ser palco das instalações, como ciclovias, vias com limite de velocidade acima de 50 km/h e faixas exclusivas de ônibus.  Até 2015, é provável que sejam instalados mais cem parklets, de acordo com os objetivos do Instituto Mobilidade Verde.

 

Thayane Matos (2° semestre)