Metrô completa 44 anos e Vila Mariana sofre impacto de obras em atraso

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Fluxo constante lota acessos à estação em tempo integral. Foto: Ivan Trimigliozzi

 

A Companhia do Metropolitano de São Paulo, o Metrô, está completando, em 2013, 44 anos de fundação. Apesar dos grandes investimentos na expansão durante essas quatro décadas de existência, o plano inicial, elaborado em 1968 por Prestes Maia, parece que pouco saiu do papel.

Segundo informações divulgadas no site do Metrô, o projeto inicial, com meta para 1987, previa a construção de 75 estações divididas entre quatro linhas diferentes, que teriam que alcançar as quatro zonas da cidade. Porém, quase 27 anos depois, a realidade é bem diferente. Há hoje 67 estações, oito a menos do que o previsto inicialmente, e uma linha um tanto acanhada. Com apenas 74 km de comprimento, a rede metroviária é insuficiente para os padrões da metrópole, onde são transportados mais de 3,7 milhões de usuários.

Construída em 1974, a estação Vila Mariana tem média de 31 mil usuários por dia e é um reflexo de como um atraso no desenvolvimento da obra pode complicar a vida de quem precisa do metrô. Wagner Rodrigues, morador da região há mais de 20 anos e usuário frequente do sistema, reclama da acessibilidade nos horários de pico.  “A estação é pequena em relação à quantidade de pessoas que nela transitam. O fluxo de estudantes é integral, e na hora do rush ele piora. Já cheguei a enfrentar filas enormes para acessar a plataforma ou para comprar passagem”.

A professora Claudia Botelho, que trabalha há mais de 10 anos na região, avalia que a estação é suficiente, mas ressalta que dentro de poucos anos as reformas serão inevitáveis e necessárias. “O movimento está aumentando e são necessárias reformas, principalmente no terminal rodoviário acoplado à estação”.

O Metrô precisa de quê?

O supervisor operacional de linha do Metrô, Luís Alves Madeira, diz que reformas são necessárias e ressalta que as expansões são essencias para descongestionar as plataformas.  “As integrações entre as linhas devem acontecer para que o fluxo diminua entre as estações”, diz. Ele ressalta também que, apesar dos atrasos, a expansão é bem planejada e a população só tende a se beneficiar. Além de melhorar a qualidade do transporte, a expansão levará desenvolvimento aos bairros com as novas estações, trazendo mais qualidade de vida à população.

Madeira critica a disposição das entradas na estação Vila Mariana, alegando que são relativamente ‘’escondidas’’, e que sua maior visibilidade atrairia mais usuários. Ele também critica a falta de estacionamentos na estação, que considera um ponto importante para diminuir o trânsito na área.

“Temos estações bem localizadas e funcionários bem preparados. Independentemente dos atrasos, nosso serviço funciona muito bem. A insuficiência é clara, mas com grandes investimentos, ela talvez seja suprida em poucos anos”, finaliza Madeira.

 Ivan Trimigliozzi (1º semestre)

2 Comments

Francis 26 de abril de 2013 - 09:45

Ótimo texto , sintético e objetivo, parabéns pela iniciativa. Francis

Hank 4 de maio de 2013 - 00:43

Concordo com Francis. A situação da estação Vila Mariana é essa mesma. Precisamos investir mais transportes na cidade de São Paulo.

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