Mesmo com possíveis riscos à saúde, energéticos ganham força no País

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Arte: Carolina Ozzetti

Hoje, com a publicidade em torno dos benefícios de seu uso por adeptos dos esportes, workaholics e estudantes, é difícil encontrar alguém que não consuma nenhuma bebida energética no Brasil. De acordo com dados de associações que representam o setor, o consumo nacional de energéticos cresceu 40%  no último ano. No total, foram consumidos 87 milhões de litros dessas bebidas, enquanto que o consumo de café – estimulante mais antigo e tradicional – alcançou a marca de 81 litros por pessoa.

Com dias cada vez mais corridos e menos horas de sono, a ingestão dessas bebidas se torna uma forma prática de adequar a concentração e a energia às necessidades da rotina. Na hora de escolher qual delas deve ser priorizada, porém, é preciso desacelerar e fazer escolhas que não prejudiquem à saúde.

A quantidade de cafeína, principal substância a fornecer energia e disposição mental, não possui diferença notável. Uma xícara de café contém, em média, 85 mg de cafeína, de acordo com a Associação Nacional de Café, enquanto que energéticos como Red Bull, TNT e Burn ostentam cerca de 80 mg. 

A ação da substância é, basicamente, a de potencializar o cortisol, hormônio do stress necessário à saúde. Quando ingerida no período na manhã, a cafeína realmente ajuda no aumento da disposição. Porém, no período da tarde, é necessário reduzir sua presença no organismo para trazer relaxamento e bem-estar.

O maior e mais preocupante problema dos energéticos, que faz com que os nutricionistas prefiram recomendar o consumo de café, é a presença de outras substâncias estimulantes além da cafeína, como taurina, creatina, glucoronolactona, vitaminas do complexo B, ginseng e ginko biloba. Estas atuam no Sistema Nervoso Central e promovem a energia cerebral, aumentando a concentração e o sinal de alerta; no entanto, o uso contínuo pode aumentar a pressão arterial e o batimento cardíaco e causar crises de ansiedade, distúrbios nutricionais e resistência à insulina. Outro ponto crítico, em especial para baladeiros: a associação de energéticos com bebidas alcóolicas pode ser letal para indivíduos sensíveis ou não aos seus ingredientes.

Já o café tem vantagens nesse sentido. O organismo humano aceita e reconhece nutrientes provenientes da natureza, e o café, quando preparado, é acrescido de água e açúcar, substâncias também naturais capazes de trazer benefícios como o combate da depressão e o aumento da circulação de sangue no cérebro, entre outros. No entanto, seu consumo deve ser dosado para evitar danos ao estômago e problemas para portadores de hipertensão, além de, em pessoas com mais 40 anos, trazer riscos associados à má absorção do cálcio e à aceleração do processo de osteoporose.

De acordo com a nutricionista especializada em nutrição funcional Renata Beraldo, o ideal é buscar o equilíbrio na hora de recorrer a produtos que contêm cafeína – sejam naturais, como o café, sejam bebidas energéticas. “O consumo sem avaliação do médico ou nutricionista e sem controle de dosagem dessas substâncias contribui para potencializar distúrbios prejudiciais à saúde, comprometendo, assim, a qualidade de vida do indivíduo”, afirma.

Carolina Ozzetti (1°semestre)

1 Comment

Silvana 1 de abril de 2013 - 11:24

Achei mt legal a reportagem.. eh necessário q todos saibamos os prós e contras tanto do nosso cafezinho de todo dia quanto dos energéticos q consumimos principalmente nas noitadas.Acho q saber dosar eh sempre a melhor pedida.

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