Localizado no Parque Ibirapuera, MAM é opção para amantes da arte

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O espaço reúne exposições e atrai moradores de diversos bairros de São Paulo. Foto: Thomas Aoki

A arte é fundamental para o entendimento do homem a respeito de si mesmo. Fundado em 1948 e sediado na rua Sete de Abril, O MAM, Museu de Arte Moderna de São Paulo, foi transferido para o Parque Ibirapuera em 1958. Seu acervo conta com mais de 4 mil obras, incluindo esculturas, gravuras, pinturas, fotografias e vídeos.

Com peças de artistas consagrados, o espaço atrai interessados em arte. Tarsila do Amaral, da pintura Abaporu; Victor Brecheret, de Monumento às Bandeiras; e Candido Portinari, autor de Lavrador de Café, são exemplos de artistas que estão no local.

Bruna Vasconcellos, estudante de 17 anos, encontra nos museus uma forma de lazer, e acredita que o interesse em locais como esse tem aumentado. “Nessas férias, procurei visitar várias exposições. Por conta do tamanho das filas, acabei desistindo de duas delas, algo que nunca havia acontecido. A procura por esse tipo de atividade aumentou muito”, diz.

Interesse

Um bom exemplo de que a demanda por essa atividade tem crescido nos últimos anos é a estudante universitária Izabella Pestana. No processo de finalização de seu curso, escolheu o MAM como tema de seu TCC, trabalho de conclusão de curso. “O fato de falar sobre arte moderna é algo que eu considero muito legal. Ir a museus é uma atividade diferente do que já estamos acostumados. Sempre há algo novo a cada visita. A arte tem o valor de mostrar o que aconteceu e o que está acontecendo”, conta.

Apesar do aumento do interesse pela arte, na opinião de Izabella, museus ainda são pouco visitados no Brasil, pois para as pessoas, outras opções de lazer parecem mais prazerosas. E ela parece estar certa. Segundo pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Avançada), até 2010, metade dos brasileiros nunca havia ido a museu, cinema ou teatro.

Fernanda Mosaner, moradora da Vila Mariana, frequenta museus bimestralmente, como passatempo. Embora critique o difícil acesso ao MAM, acredita ser muito importante a existência de espaços destinados a tornar a arte acessível.

A respeito da pouca procura pela atividade, Fernanda culpa a falta de incentivos. “Há pouca prática de estímulos por parte do governo, escolas e família. Além disso, há também a escolaridade tardia no país. Os museus tornam-se destinados a um público seleto, restrito e elitista”, declara ela.

Entre 1° de setembro e 14 de dezembro, o MAM conta com a exibição das obras de Paulo Bruscky. Além disso, Rivane Neuenschwander apresenta a exposição Mal-entendidos, pela primeira vez de forma panorâmica no Brasil.

Desde julho em cartaz, está sendo exposto, também, Vestígios – memória e registro da performance e do site specific, que conta com vários artistas, como Alex Vallauri, Amílcar Packer, Cildo Meireles, Hudinilson Jr, entre outros. Maiores informações são encontradas no site do próprio museu.

Thomas Aoki (2° semestre)

Serviço

Local: Parque Ibirapuera – São Paulo – SP; portão 3. Av. Pedro Álvares Cabral

Funcionamento: terças aos domingos, das 10h às 18h

Preço: R$ 6,00 e gratuito aos domingos; menores de 10 anos e maiores de 60 não pagam

Telefone: 11 5085-1300

Fax: 11 5549-2342

E-mail para contato: atendimento@mam.org.br