Venda de livros cresce 48,5% na pandemia, aponta pesquisa
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Viviane Tolosa (2º semestre)
A pandemia de covid-19 afetou o mundo de diversas formas. Hábitos e costumes se alteraram e, nesse período, a leitura ganhou força no Brasil. De acordo com dados da 7ª edição do Painel de Varejo de Livros no Brasil, foram 28 milhões de exemplares de livros vendidos, contra 18,9 milhões no mesmo período de 2020, um acréscimo de 48,5%.
Os benefícios da leitura são inúmeros, como o desenvolvimento da imaginação, estímulo criativo, diminuição do estresse, ajuda para dormir melhor, além de uma possível válvula de escape para os problemas do cotidiano.
Todos em casa tiveram que descobrir novas maneiras de se distrair, aliviar o estresse e as preocupações advindas de um período conturbado. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a leitura também ajuda a diminuir possíveis consequências da pandemia.
“Antes da pandemia, eu não tinha o costume de ler, eu não tinha tempo. Em 2020, num dia, eu estava sem nada para fazer e tirei um livro da estante. Passaram-se 50 minutos e eu nem percebi. Depois desse dia, eu separava pelo menos 1 hora de leitura por dia e, senti que até meu humor melhorou depois que peguei o hábito”, disse a professora Sueli Moreira.
A venda de eBooks, audiobooks e outros formatos digitais também aumentou nos últimos anos. Em 2019, segundo a pesquisa Conteúdo Digital do Setor Editorial Brasileiro, o faturamento bateu os R$ 103 milhões; já em 2020, o faturamento foi de 147 milhões. Com isso, eles são responsáveis por 6% do ganho no setor, os outros 94% são das obras físicas.
Os livros em formato digital podem ser acessados através de diversas mídias digitais, sendo mais práticos, além do valor menor em comparação ao físico, pois não há tantos gastos para a sua produção.
Livrarias e editoras tiveram que se habituar e aprender a vender livros de outras formas na pandemia. Vendas via redes sociais, promoções, drive-thru de livros foram algumas das saídas criativas para enfrentar o período