No último domingo (10), a Família Real Britânica publicou em suas redes sociais uma foto de Kate Middleton, a Princesa de Gales, ao lado de seus filhos, para celebrar o dia das mães no Reino Unido. Após ser veiculada no mundo todo pelos mais diversos jornais e portais de notícia, foi constatado que a imagem teria sido alterada pelo uso de inteligência artificial (IA). Após um pronunciamento oficial do Palácio de Buckingham, a manipulação da imagem foi confirmada pela realeza e retirada de diversos meios de comunicação.
Fotos manipuladas pelo uso da inteligência artificial são cada vez mais frequentes, o que pode ser um dilema para o fotojornalismo. O repórter fotográfico Marcos Alves explica ao Portal de Jornalismo que “qualquer intervenção que tire algum elemento da foto é nociva ao jornalismo porque a profissão vive da credibilidade”. Por isso, qualquer mínima modificação acaba por retirar o caráter jornalístico da produção, segundo Alves, profissional premiado, com experiência em grandes meios de comunicação.
Além disso, Família Real britânica sempre é um dos assuntos mais comentados do planeta. “Tudo que ocorre envolvendo-os tem um histerismo muito grande, o que acaba por gerar uma cobertura da grande mídia”, detalha Marcos. Assim, os comentários sobre foto manipulada tomaram as redes sociais nos últimos dias.
Após o pronunciamento do Palácio de Buckingham sobre a imagem, diversos veículos de comunicação retiraram a foto de suas matérias. Segundo Marcos Alves, existe uma questão de comprometimento com o leitor, logo, quando se publica algo, ainda mais sobre a Família Real, acaba se adicionando ao fato uma certa notoriedade. “A partir do momento que se publica algo que foi alterado, não há nada mais correto do que retirar a publicação e dizer ao leitor que houve um engano”, comenta o fotojornalista.
O fotojornalismo tem o dever de relatar o real, segundo Marcos. “O jornalismo tem sido duramente afetado pelas transformações dos meios de comunicação e muitas vezes a sociedade não dá a devida importância para os impactos que nós viemos cotidianamente”, diz. Por isso, o fotógrafo acredita que cabe às instituições de ensino superior uma maior preparação dos trabalhadores dos meios de comunicação para atentá-los aos riscos da inteligência artificial.
Quimioterapia
enfrentando um câncer. No pronunciamento, apesar de não especificar o órgão que a doença acomete, Kate diz
