SIP organiza assembleia geral e encontros para universitários em São Paulo
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Personalidades do campo jornalístico, cientistas, sociólogos, empresários, autoridades e professores se reuniram, de 12 a 16 de outubro, em São Paulo, para a 68ª Assembleia Geral da SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa). O evento, que acontece todos os anos em diversas partes do mundo, tem o objetivo de defender a liberdade de expressão e de imprensa e o direito do cidadão à informação.
Palestras, seminários e painéis compuseram a programação da edição 2012. Além disso, dois eventos direcionados a universitários foram organizados pela SIP no período: o Domingão da SIP e o prêmio SIP Brasil – J&F Jovem Universitário. O primeiro aconteceu no último dia 14 no Hotel Renaissance, também em São Paulo.
Ascânio Seleme, Eurípedes Alcântara, Ricardo Gandour, Sérgio Dávila, José Antônio Vera Gil e Cézar Freitas foram os palestrantes. Cada um deles discutiu um tema referente ao futuro do jornalismo, com a mediação de Roberto Gazzi. Diretor de desenvolvimento editorial do jornal O Estado de S. Paulo desde 1990, Gazzi formou-se em 1979 e já trabalhou nos jornais Diário do Grande ABC e Folha de S. Paulo. Nestes jornais ocupou os cargos de editor, editor-executivo e editor chefe.
Foi responsável pelo projeto de renovação editorial da Folha de S. Paulo em 2010 e venceu o 1º Grande Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo.
Seleme, do jornal O Globo, disse não acreditar no “jornalismo sem papel”, pelo menos a curto prazo; no entanto, enfatizou que, mesmo que a imprensa escrita acabe, o jornalismo de qualidade sobreviverá.
Alcântara defendeu a importância da ética não só no jornalismo como, também, nas demais profissões. “Sem ela [a ética], o mundo tende para o caos.” Já Gandour, diretor de conteúdo do Grupo Estado, concentrou sua palestra no que considera os três pilares do jornalismo: atitude, método e domínio da narrativa.
Sérgio Dávila, editor-executivo da Folha de S. Paulo, também deu dicas de como ser multimídia. Segundo o jornalista, o caminho envolve atividades como fazer cursos, treinar e planejar. Dávila ainda ressaltou a importância de o jornalista se preocupar com o conteúdo sem se restringir à plataforma que domina ou ficar aprisionado a equipamentos. “Nenhum equipamento adianta se o repórter não tem desejo pela informação exclusiva”, diz.
Além de concordar com Dávila, José Antônio Veras Gil reforçou a necessidade de os jornalistas e agências de notícia se adaptarem ao cenário midiático. “Com o jornal online não sujamos as mãos, ele é inesgotável, não corremos o risco de chegar à banca e já ter acabado, não tem erros de impressão, é mais fácil e rápido”, concluiu.
Giovanna Mazzeo (2º semestre)