Entre os dias 8, 9 e 10 de novembro, a ESPM-SP sediou a ESPMUN, simulação das Nações Unidas (ONU) organizada pelo Diretório Acadêmico, com apoio institucional. O evento reuniu estudantes universitários de diversos cursos e participantes do ensino médio e de outras instituições, promovendo debates sobre temas globais como a crise dos refugiados e o desarmamento nuclear. Além de fomentar a reflexão sobre questões internacionais, a atividade prática reforçou habilidades de negociação, diplomacia e pensamento crítico.
Abertura e estrutura do evento
O evento teve início na sexta-feira, dia 8, com uma cerimônia de abertura no auditório da ESPM. A recepção foi conduzida por Joana Longato, presidente do Diretório Acadêmico e estudante do curso de Relações Internacionais, e pelo professor Alexandre Ratsuo Uehara, coordenador do mesmo curso. Durante a abertura, foram exibidos o hino nacional e um vídeo institucional produzido pela TV Pixel, que detalhou a dinâmica da simulação.
Em sua fala, Uehara ressaltou a importância prática do evento: “Embora seja uma simulação da ONU, as negociações aqui são reais no aprendizado que proporcionam. Este é um momento de estabelecer conexões. Os colegas que vocês encontram hoje podem ser futuros parceiros profissionais. Esta experiência pode abrir novas janelas para vocês.”
Após a abertura, os participantes foram divididos em dois grupos temáticos: a crise dos refugiados, para alunos do ensino médio, e o desarmamento nuclear, destinado aos universitários. Cada debate ocorreu em salas específicas, mediado por estudantes experientes que formaram a mesa organizadora e garantiram o cumprimento das regras.
Preparação e dinâmica das discussões
Antes de iniciarem os debates formais, os participantes passaram por uma etapa introdutória. Felipe Mundel, estudante do curso de Relações Internacionais e responsável pela mesa do eixo de desarmamento nuclear, destacou a relevância dessa fase inicial: “Essa introdução é essencial, especialmente para quem participa pela primeira vez. Explicamos como funciona a simulação com um tema leve para que os participantes entendam os mecanismos antes de enfrentarem questões mais complexas.”
Mundel também reforçou a importância das normas de conduta, que incluem trajes formais, respeito ao decoro, o uso de linguagem formal e a referência em terceira pessoa: “Os participantes devem se referir, por exemplo, como ‘a delegação acredita que’ ou ‘o país X considera que’, evitando gírias e mantendo a formalidade.”
A preparação incluiu ainda pesquisa aprofundada sobre os países representados e o desenvolvimento de estratégias diplomáticas para embasar os argumentos. Essa etapa foi essencial para que os participantes compreendessem os desafios reais enfrentados nas negociações internacionais.
Impacto e experiência dos participantes
Rafaela Santos, diretora política do Diretório Acadêmico e estudante de Direito, compartilhou sua experiência em simulações: “Participo dessas atividades desde 2018, e elas foram determinantes para eu estar onde estou hoje. Recomendo especialmente para quem está no ensino médio, pois ajuda na oratória, no pensamento crítico e até mesmo no autoconhecimento.”
Ao longo dos três dias de debates, os participantes se envolveram intensamente nas discussões, representando seus países com argumentos embasados e defendendo posições que exigiram articulação, trabalho em equipe e análise crítica.
Encerramento e legado
A ESPMUN terminou no domingo, dia 10, reunindo avaliações variadas dos participantes e organizadores. A proposta de abordar temas globais com seriedade destacou o potencial da atividade para fomentar habilidades acadêmicas e interpessoais. Além de um exercício de simulação, o evento buscou proporcionar uma reflexão crítica sobre as dinâmicas internacionais, incentivando os participantes a explorarem diferentes perspectivas sobre questões relevantes.
Aberta a estudantes de diversas áreas e instituições, a ESPMUN exemplifica uma iniciativa que alia teoria e prática no ambiente universitário, oferecendo aos participantes a oportunidade de aplicar conhecimentos em um contexto simulado de negociação e diplomacia.