Procura por intercâmbio cresce cinco vezes em 10 anos entre brasileiros
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Fazer intercâmbio é um desejo cada vez mais comum entre os jovens. O mercado cresceu nos últimos anos e em 2014 cerca de 230 mil pessoas estudaram fora do Brasil, segundo a Associação Brasileira de Organizações de Viagens Educacionais e Culturais (Belta).
Nos dias 14 e 15 de março, em São Paulo, o Salão do Estudante reuniu instituições e agências de intercâmbio de todo o mundo para tirar dúvidas de quem pretende passar um tempo fora. “Nós somos hoje um mundo muito globalizado. Isso vai continuar para sempre e precisamos aprender sobre as culturas uns dos outros.” Disse Christi Seiple-Cole, diretora de um colégio internacional, em Minessota, nos EUA.
Além dos diferentes destinos, os interessados se deparam ainda com inúmeras opções de programas, como cursos de idiomas, ensino médio, intercâmbios de trabalho, graduação e pós graduação.
Os preços variam dependendo da região. Um curso de idiomas de um mês, sem incluir acomodação, custo com viagem e visto, custa aproximadamente (valores convertidos pelo Banco Central do Brasil) CAD 2000 (R$ 5053) em Vancouver, USD 2500 (R$ 8062,65) em São Francisco, GBP 1600 (R$ 7636,48) em Londres, EUR 1400 (R$ 4775,26) em Barcelona e pode chegar a AUD 6422 (R$ 15852,71) em Melbourne.
Além do custo é preciso considerar também segurança local, burocracia de admissão, visto e até mesmo o clima.
Com a alta do dólar americano, Nova Zelândia, Austrália e Canadá, países em que o preço do dólar local é inferior, ganham destaque entre os destinos. Além disso, na Austrália e Nova Zelândia, assim como Irlanda, pode-se fazer intercâmbio de trabalho e estudos ao mesmo tempo.
Kennia Lemanski foi há dez anos para a Austrália, e indica o país para quem pretende viajar. “Lá é tudo muito intenso, tanto de aprendizado quanto de envolvimento com a cultura australiana, é um pais muito acolhedor”. “É uma experiência que não tem preço, um amadurecimento que você leva pra sua vida inteira. (…)”
Segundo dados da Belta, o Canadá é o principal destino dos estudantes brasileiros. Além de ser um ótimo lugar para aprender inglês é um país bilíngue, ou seja, na província de Quebec pode-se aprender francês também. Kathy Charleson, diretora de admissões de um colégio para meninas em Victoria, Canadá, destacou o porquê o país é uma boa escolha. “ Nosso sistema de ensino é um dos melhores do mundo, somos uma nação muito simpática e acolhedora (…) para aqueles que querem aprender Inglês é um lugar perfeito, porque não temos muito sotaque. (…) É um país muito vasto, os alunos podem escolher tanto se querem estar na parte fria do Canadá ou na parte quente do Canadá , na costa oeste (…)”. Ela disse ainda que adora ter estudantes brasileiras, pois elas trazem alegria para a escola e são muito engajadas nas atividades.
Então, independente do destino, vá e viva os melhores dias da sua vida!
Gabriella Lemos (1 semestre)