Nascida em 1580, Santana de Parnaíba coleciona diversas histórias e figuras importantes para o crescimento do Brasil. Foi com a chegada do português Manuel Fernandes Ramos, em 1561, em expedição realizada às margens do Rio Tietê comandada por Mem de Sá, em busca de ouro e outros metais preciosos, que a cidade começou a se erguer.
Ramos construiu uma capela em louvor a Santo Antônio perto do rio. Porém sua estrutura precária não resistiu às recorrentes enchentes e chuvas do local e acabou desabando. Somente em 1580, com a chegada da família do português, que uma capela, batizada de Sant’Ana, foi erguida de maneira apropriada, o que fez com que surgisse um povoado ao redor da igreja, que em 1625, passou a ser considerado vila, com o nome de Santana de Parnaíba.
Conhecida como o “berço dos bandeirantes”, a cidade se utilizou da mão de obra indígena para crescer e deixar de ser subsistente. A cidade abrigou nomes importantes para a história do país, como o padre Guilherme Pompeu de Almeida e o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva, mais conhecido como Anhanguera, que nasceu na cidade.
Hoje em dia, com uma população que ultrapassa os 180 mil habitantes, a cidade ainda é muito ligada às suas raízes. É possível ver, no centro histórico, ruas de paralelepípedo e a arquitetura da época colonial, inclusive em órgãos da prefeitura.
Ao redor da capela, é possível notar que os comércios, embora novos, ainda preservam aquilo que a cidade tem de melhor: a história. Mesmo com novos comércios, a estrutura original das casas ao redor da capela é conservada, principalmente por algumas serem construções históricas para a cidade, como o Casarão e a antiga casa de Anhanguera, hoje um museu com o nome do bandeirante, estrategicamente construída perto do Rio Tietê.
É possível perceber ainda, que perto do centro histórico, foram construídas diversas homenagens aos bandeirantes, como estátuas e monumentos. O maior deles, o Monumento aos Bandeirantes, conta com retratos dos bandeirantes como heróis, que levaram a salvação aos índios através do trabalho e da religião.
Por conta das técnicas de restauração do Projeto Oficina Escola (POEAO), o município tem 209 edificações tombadas como patrimônio histórico, conservando um dos mais importantes conteúdos históricos do estado de São Paulo.
No Centro Histórico percebe-se que existem duas praças principais, a Praça Quatorze de novembro e a Praça da Bandeira. A primeira fica ao lado da igreja e conta com restaurantes à sua volta e um palanque bem ao centro. A outra, fica atrás da principal igreja da cidade, tendo uma bússola e um relógio com luz solar. Atualmente, o centro histórico recebe os principais eventos da cidade, tais como o natal no presépio e a feira de carros antigos.