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Região Vila Mariana

Passageiros e motoristas comentam a qualidade dos serviços de táxi

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Transporte

Frota recebe elogios e críticas de moradores do bairro. Foto: Cacá Junqueira

Para manter equilíbrio entre a oferta e a demanda de táxis, as frotas da cidade de São Paulo estão em fase de ampliação. Após 15 anos, a emissão das licenças vem sendo feita pela Prefeitura Municipal por meio de sorteios da Loteria Federal, de acordo com informações do site do Sindicato dos Taxistas Autônomos da capital.

O aumento da frota foi estabelecido pela Prefeitura após estudos realizados pelo DTP (Departamento de Transportes Públicos) da Secretaria Municipal de Transportes. Segundo dados divulgados no site da Prefeitura no dia 24 de fevereiro, já foram sorteados 1.370 novos taxistas. Alguns bairros, como Vila Madalena, Vila Olímpia, Morumbi e a região do Aeroporto de Congonhas, têm preferência por apresentar problemas de maior crescimento de sua demanda.

Embora a Vila Mariana, zona sul de São Paulo, não figure nesta lista de prioridades, passageiros e taxistas apontam problemas nos serviços de táxi da região. O site Taxi SP, por exemplo, tem cadastrado em seu sistema 39 pontos no bairro, cada um deles disponibilizando cerca de dez veículos durante a semana e quatro nos finais de semana. Entretanto, passageiros e motoristas comentam que a disponibilidade de táxis na Vila Mariana é insuficiente, principalmente nos horários de pico. “Não tenho carro e quando quero sair com as amigas, à noite, raramente tem um táxi disponível”, relata Victória Liardi, estudante da Faculdade Belas Artes.

Para Jéssica Soares, estudante da ESPM, o problema está nos dias de chuva. “Cansei de ligar para taxistas em dias em que chove. Acho que eles têm medo de água”, reclama. No entanto, há casos como o de Amanda Batista, estudante da ESPM e moradora do bairro Morumbi, que negocia com um taxista seu transporte de ida e de volta da faculdade. “É difícil encontrar táxis livres nos horários que preciso, por isso acaba sendo mais eficaz contratar motorista”, diz.

Taxistas

Segundo os taxistas do ponto da rua Madre Cabrini, a circulação e saída de veículos são frequentes e rápidas. Isso ocorre devido à boa infraestrutura da Vila Mariana, que conta com hospitais, clínicas, escolas e prédios residenciais.

Roberto Vilela, que trabalha no ponto há oito anos, diz que nos últimos tempos houve um aumento no número de clientes no bairro. Segundo Almir Barreto, motorista há quatro anos na região, fazer grandes ou pequenas viagens não importa, mas pegar trânsito na volta para o ponto não é vantajoso. “Diariamente faço entre dez e doze corridas, mas quando pego muito trânsito nos horários de pico, faço em média oito corridas”, diz.

Alguns motoristas utilizam o sistema de rádio para se comunicar com uma central, isto é, utilizam o serviço de uma telefonista para informar o caminho que devem seguir. Mas Manoel Santana conta que o ponto França Pinto, localizado na rua de mesmo nome, mantém a maneira tradicional: um único telefone para atendimento. “Os taxistas fazem contato direto com o passageiro ou eles vêm até o ponto”, esclarece.

“Às vezes o telefone toca e não tem ninguém para atender porque estamos presos no trânsito”, lamenta Santana. Ele salienta que a alta demanda e o grande fluxo de saída dos taxistas fazem com que as ruas de São Paulo e dos bairros continuem engarrafadas. Com isso, o atraso dificulta o atendimento ao passageiro. “A mobilidade dentro do bairro é ruim”, comenta Barreto.

 

Serviço

Táxi Madre Cabrini
Rua Madre Cabrini, 462
Tel.: 11 5549-0333

 

Táxi França Pinto
Rua França Pinto, 2880
Tel.: 11 5549-5748

 Cacá Junqueira (3º semestre)

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