Padre Pizetta destaca simplicidade como característica do novo Papa
Compartilhar
Como todo membro da Igreja Católica, o padre Mário Pizetta, 60 anos, responsável pela Paróquia Santo Inácio de Loyola, vem acompanhando atentamente os primeiros passos do Papa Francisco I no Vaticano e a sua aceitação na paróquia que conduz. Segundo ele, o novo pontífice foi muito bem recebido entre os fiéis da Vila Mariana. “Pelo que tenho ouvido e visto, Francisco tem sido aceito de forma muito positiva pela comunidade. Ele está exibindo sinais de esperança para uma geração muito descrente e decepcionada”, afirma.
O pároco ainda descreve o novo líder católico como alguém que cativou o mundo com a sua simplicidade e acolhimento. “A escolha do nome Francisco representa uma revolução na Igreja e no modo de viver o Cristianismo com humildade e atenção à relação humana”, aponta. O padre ainda diz acreditar que essa nova perspectiva apresentada pelo Papa está restaurando a fé das pessoas na própria religião: “Algumas pessoas estavam se afastando da Igreja, mas estão voltando. Viram que é um novo modo de viver a experiência da fé”.
Contribuições
Pizetta também fez uma retrospectiva dos dois últimos papados, destacando a contribuição de cada líder para a humanidade. “João Paulo II foi um grande comunicador, alguém que ia ao encontro dos povos e de todos os grupos humanos”, comenta. “Foi ele quem praticamente rompeu com o mundo comunista e que deu uma visão para o Leste Europeu”.
Para o padre, Bento XVI, teve papel importante ao demonstrar seriedade para com as doutrinas cristãs. Segundo Pizetta, Bento incentivou os estudos e a reflexão com o objetivo de abolir opiniões sem fundamento. “Ele passou por momentos difíceis, já que é uma pessoa introspectiva, mas é um homem culto e estudioso, e foi dessa forma que contribuiu para o progresso da Igreja Católica”, diz.
Pizetta fala com autoridade sobre o tema. Nascido no Rio Grande do Sul, na cidade de Gramado, chegou a São Paulo em 1973, onde se formou em Filosofia, Teologia e Pedagogia. Ordenou-se em 1980 e, no ano seguinte, começou um trabalho pedagógico na capital paulista, ao qual se dedicou por sete anos. Em seguida, passou dois anos na Itália fazendo mestrado em Metodologia Pedagógica. Ao voltar para o Brasil, criou projetos sociais de ensino em comunidades. Hoje é pároco e diretor da Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (Fapcom).
Maria Eugênia Mauger (1º semestre)