Os desafios de trabalhar com games no Brasil foi tema de palestra no ESPM Soul
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Gustavo Zachary (1º semestre)
O professor da ESPM Vicente Martin ministrou palestra no auditório Victor Civita, durante o evento ESPM SOUL, no início da tarde do dia 12 de novembro, sobre sua trajetória e os desafios de trabalhar com a produção de jogos no Brasil. Martin começou contando de onde surgiu sua paixão pelos games, quando ganhou um Atari de seus pais com 4 anos de idade e, desde então, os games nunca mais saíram de sua vida.
O professor começou sua jornada como desenvolvedor de games quando surgiu a oportunidade de desenvolver um site de navegador de jogos para o Terra, chamado fulano.com.br. Era um site com diversos mini games que fez muito sucesso na época. Do fulano.com.br surgiu o Fbiz, uma agência que desenvolve jogos voltados para publicidade para outras empresas, como o Banco do Brasil e Vivo, os chamados “advergames”. Seu último trabalho foi um jogo promocional de celular feito para um bar, chamado “Let´s Beer”.
Martin também falou sobre o crescimento espontâneo do marketing de games no Brasil e o crescimento relevante dos eventos, como a “Brasil Gaming Show”. Também afirmou que confia na indústria de jogos do nosso país. “Daqui 5 ou 6 anos, nós estaremos no patamar dos grandes desenvolvedores”. Ainda sobre os games no Brasil, exaltou a criação dos jogos indies, que são os jogos eletrônicos independentes produzido por uma pessoa ou uma pequena equipe, que estão fazendo sucesso, como Room of Pandora, Unsighted e o sucesso Horizon Chase Turbo, que foi o primeiro jogo brasileiro para plataforma Playstation 4 vendido em disco.
Para finalizar a palestra, o professor contou as vantagens dos games e seu custo benefício, dando como exemplo o Death Stranding, que custa R$250 e fornece ao consumidor 100 horas de jogo, o que dá uma média de 2,5 reais por hora de entretenimento. “Não existe outra forma de entretenimento mais barata que os games”, exclamou.
O professor escreveu dois livros sobre o assunto: “Game Cultura: Comunicação, Entretenimento e Educação” e “Level Hard: Criando, Produzindo e Pesquisando Games no Brasil”.