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“O jornalismo nunca irá morrer”

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“Todo jornalista é sensível, pelo fato de estar sempre representando a sociedade, acompanhando seu tempo, sua história”, disse Maria Aparecida Baccega, Livre Docente na Escola de Comunicações e Artes da USP, na abertura da aula magna do 2º semestre do curso de Jornalismo da ESPM, onde leciona no Programa de Mestrado em Comunicação e Práticas de Consumo. Sob a temática “Jornalista, narrador da contemporaneidade: sensibilidade e técnica”, ressaltou que ser diplomado em jornalismo é de extrema importância, pois no decorrer dos anos da faculdade se aprende as técnicas de como escrever bem, como realizar uma boa entrevista, e isso ajuda muito a ter um aperfeiçoamento no dia a dia usando as práticas assimiladas com a vivência e com o tempo.

Foto: Débora Matos

O diploma continua sendo uma peça-chave. Baccega reforçou que os atuais, colaboradores surgiram com as facilidades das novas tecnologias, incluindo redes sociais, que sem intenção fazem com que todos possam vir a ser jornalistas. Disse ainda que, a partir do momento que se filma um fato, se relata certo acontecimento, de alguma forma se está fazendo notícia. No entanto, para os futuros jornalistas é importante ter um curso bem feito, numa boa instituição, o que dá um diferencial.

Pseudo-jornalistas

A proliferação dos programas de humor com quadros que imitam repórteres, foi outro assunto levantado na palestra. Baccega frisou que nos dias de hoje o jornalismo está sendo banalizado por “reportagens” humorísticas nas quais os apresentadores se passam por jornalistas, mas na verdade só querem zombar dos outros, e não são profissionais nem muito menos éticos. Um dos exemplos citados foi o programa “Pânico”, da Rede TV, que cobriu o enterro da cantora Amy Whinehouse sem permissão da família.

A professora comentou ainda sobre as tecnologias em geral. Deu sua opinião incisiva enfatizando que o jornalismo nunca irá morrer, primeiramente por causa da internet e suas facilidades, que beneficiaram muito o jornalismo. Exemplificou que é possível ter uma informação publicada instantaneamente na rede, praticamente no momento em que está ocorrendo algo importante. Inclusive, muitas pessoas querem ter acesso às notícias em tempo real e podem ler várias ao mesmo tempo, ficando assim mais informadas do que antigamente com os jornais impressos e emissoras de televisão. Mas o mais importante na opinião de Baccega é que o jornalismo está vivo, porque o jornalista cumpre o papel de levar a informação a todos.

No final da aula magna, a professora abriu o debate e o tópico mais questionado pelos alunos foi a questão das novas tecnologias com o grande êxito da internet como principal plataforma de convergência. A professora insistiu que elas são positivas e beneficiam o jornalismo fazendo com que ele não morra.

Thaís Carbonell (1º semestre)

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