Jacopo Robusti, mais conhecido como Tintoretto, foi um dos pintores mais radicais do maneirismo – estilo e movimento artístico desenvolvido na Europa entre os anos de 1515 e 1600 tendo como objetivo e foco a revisão dos valores clássicos e naturalistas prestigiados pelo Humanismo renascentista e paralisado na Alta Renascença.
O pintor, que viveu em Veneza, possuía uma energia indescritível ao pintar e sua utilização da perspectiva da luz, feita de forma dramática, fez com que fosse considerado um dos artistas que deram início ao Barroco.
Durante a infância, Tintoretto pintou as paredes da tinturaria de seu pai, que também era artista. Vendo seu talento, seu pai o levou à oficina de Ticiano, para aprender o ofício. Devido a sua alta facilidade em pintar, o professor da oficina o dispensou das aulas, vendo que o garoto possuía muita independência e talento, fazendo dele um pintor, e não um bom aprendiz.
Tintoretto, então, começou a estudar por conta própria, analisando as obras de grandes artistas. O pintor continuou admirando Ticiano, tendo como lema em seu estúdio a frase: O desenho de Michelangelo e a cor de Ticiano.
O artista estudou, especialmente, alguns modelos de Michelangelo, se tornando especialista em modelagem no método de cera e argila. Às vezes, seus modelos eram corpos utilizados em aulas de anatomia.
No seu início, Tintoretto ajudava seu amigo Schiavone a decorar paredes. Logo em seguida, conseguiu encomendas para seu próprio trabalho, sendo os dois primeiros murais descritos como A Festa de Balthasar e Carga de Cavalaria. Seu primeiro trabalho a ter repercussão foi um retrato dele e seu irmão com um fundo noturno.
Entre todas as obras de Tintoretto, a que mais fez sucesso e repercutiu foi a ‘’Paraíso’’ por apresentar uma enorme estrutura e a utilização das mais diversas técnicas que lhe diferencia dos demais artistas da época.
Tintoretto amava muito sua cidade natal, Veneza, o fazendo sair poucas vezes do local. O pintor amava todos os tipos de arte, tocando diversos instrumentos musicais. Desenhou, inclusive, roupas e adereços para o teatro.
Depois de completar ‘’Paraíso’’, Tintoretto escolheu por ter uma vida mais sossegada, não realizando mais nenhum trabalho relevante. O pintor faleceu em 1594 de uma doença que começou com uma dor de estômago, seguida de febre.