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Movimentos Artísticos – Ampliação MASP

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Sophia Padovan, Rafaella Caldas e Luna Lima (1º semestre)

Fotos: Rafaella Caldas

MASP ganha novo prédio e exposições

No primeiro semestre deste ano, o Museu de Arte de São Paulo ganhou um novo prédio de 14 andares: o Pietro Maria Bardi. A ampliação aumenta em até 66% a capacidade do acervo de obras do museu. O processo de expansão teve início definitivo em novembro de 2019.

O MASP foi inaugurado em 1947 por Assis Chateaubriand, como o primeiro museu do Brasil. Sua primeira casa foi na Rua Sete de Abril, na República, onde era a antiga sede do “Diários Associados”, conglomerado de mídias que já foi considerado o maior da história da imprensa do país.

Em 1968, a nova sede do MASP foi inaugurada na Avenida Paulista. O projeto do edifício foi assinado por Lina Bo Bardi, arquiteta modernista ítalo-brasileira, com direção de seu marido, Pietro Maria Bardi.

Na década de 2000, o Edifício Dumont-Adams, vizinho do prédio do Masp, construído em 1950 para uso residencial, foi adquirido pelo museu. O projeto de expansão foi assinado pelo arquiteto e então presidente do conselho Júlio Neves e iniciou-se em 2010. Por conta de problemas financeiros e impasses com os órgãos de patrimônio histórico, a expansão foi prorrogada. Até agora.

O projeto dos arquitetos Martin Corullon e Gustavo Cedroni foi inaugurado recentemente como Pietro Maria Bardi. Segundo a revista Veja, a iniciativa  contou com doações que somam mais de 250 milhões de reais, feitas por famílias do mundo corporativo.

Já conforme o G1, o novo prédio também adota um viés sustentável, utilizando as fundações já existentes e alcançando ações de eficiência energética, como uso de iluminação em LED.

Segundo o portal do MASP, “por limitações físicas, pouco mais de 1% do acervo do museu é exposto atualmente. São mais de 11 mil pinturas, esculturas, objetos, fotografias, vídeos e vestuário de diversos períodos e continentes.”Na visita da reportagem ao MASP, Hylton Vital de Melo, mais conhecido como “o Parla” nas redes sociais, foi entrevistado pelas alunas de Jornalismo da ESPM. Sua empresa lidera visitas para museus de São Paulo desde 2014. O guia destaca que sua visita monitorada tem um propósito de popularizar a arte para as pessoas.

“Todas as coisas passam, políticos passam, pessoas passam, economistas passam, a sociedade, como um todo, passa. O que fica quase sempre é a pintura, a escultura, a literatura. Eu acredito que seja um ganho muito grande para a cidade de São Paulo. Nós estamos elevando ainda mais o padrão de um dos melhores museus do mundo”.

Parla reitera que a arte serve para democratizar o acesso ao conhecimento, sem divisão entre a arte culta e a arte popular. No entanto, não é a realidade; devido aos preços dos ingressos, ainda é difícil acessar alguns desses espaços culturais.

Em declaração oficial ao site do MASP, Alfredo Setubal, presidente do Conselho, acredita que essa expansão consolida o museu e a própria Avenida Paulista como um eixo cultural. Talvez o mais importante do Brasil, do qual o museu, sem dúvida, é a âncora.

O acervo atual do Pietro Maria Bardi conta com exposições da série “Histórias”, que retrata também a história do próprio Masp; obras do artista francês Pierre-Auguste Renoir;  a exposição Geometrias; um andar dedicado a artes africanas e um curta-metragem sobre Lina Bo Bardi, estrelado por Fernanda Montenegro e Fernanda Torres, do artista de instalação e cineasta britânico, Isaac Julien.

O valor dos ingressos é 75 reais para adultos e 37 reais para estudantes, professores e maiores de 60. O museu está aberto de terça, das 10h às 20h, tendo entrada gratuita para todos; de quarta e quinta das 10h às 18h; de sexta das 10h às 21h e de sábado e domingo das 10h às 18h.

No momento em que a reportagem visitou o museu, as obras ainda não estavam concluídas. O túnel subterrâneo que conectará o prédio Lina Bo Bardi e Pietro Maria Bardi deveria estar pronto a tempo da inauguração, mas foi adiado para junho e agora não tem previsão de ser finalizado. Esse problema foi apontado por dois funcionários, que preferiram não ser identificados. A demora da entrega do túnel também prejudica o acesso ao museu, uma vez que as obras estão sendo feitas em frente a entrada.

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