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Mosteiro dos Jerônimos

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Diogo Castro – 2º semestre

O Real Mosteiro de Santa Belém, chamado comumente de Mosteiro dos Jerônimos, é uma das principais atrações turísticas de Portugal. O Mosteiro, localizado na região de Belém, na beira do rio Tejo, fica a 20 minutos de distância da região do centro de Lisboa, levando milhares de turistas a se deslocarem para visitá-lo.

O monumento foi construído durante o reinado de D. Manuel I, que durou entre os anos de 1495 a 1521. O projeto foi planejado pelos arquitetos Diogo de Boytac, João de Castilho e Nicolau de Chanterenne.

Sua construção, que durou cerca de um século, teve papel fundamental na realização da Torre de Belém, que foi levantada para a vigia e proteção do Tejo e do próprio Mosteiro, além de inspirar o seu estilo. Ainda próximo ao templo, fica localizado o majestoso Jardim Praça do Império, com uma grande fonte em seu centro e a bilheteria do local.

A visita para o monumento custa 12 euros por pessoa, com meia entrada para menores de 23 anos. Além disso, a Igreja do mosteiro possui visitação gratuita, local em que estão os túmulos do poeta Luís de Camões, autor de Os Lusíadas, e do explorador Vasco da Gama, descobridor da rota marítima para as Índias.

O portão sul, onde hoje fica a entrada do mosteiro, que é um de seus pontos mais fotografados e detalhados, é oposto à antiga entrada principal, que ficava no portão norte.

A arquitetura é do estilo manuelino, o gótico portugues, que possui como principais características a exuberância de formas e a mescla de estilos, como o simbolismo cristão, a alquimia ou a tradição popular. O edifício apresenta uma junção de formas geométricas, florais e ornamentações variadas, de forma a homenagear as Grandes Navegações.

O estilo arquitetônico gótico foi muito popular na Europa entre os séculos X e XV, período da baixa idade média. A tendência de grandes torres que buscam alcançar o céu e as abóbadas, estruturas que recobrem espaços entre muros, pilares ou colunas, são marcos góticos presentes no templo.

O templo religioso conta com a Igreja de Santa Maria de Belém, que possui estátuas no seu interior e exterior, além de lindos vitrais, comuns durante o período gótico, repletos de cores e de elementos do catolicismo portugues.

Nela, fiéis do mundo todo acendem velas nos pés das esculturas de santos católicos, em oração e em homenagem aos seus entes queridos, de forma a continuar a ligação com a religião portuguesa, já que o monumento foi secularizado, perdendo seu caráter religioso, no século XIX.

O Mosteiro, local em que viviam os monges, apresenta os cômodos desses religiosos, além de um grande claustro em seu meio, um espaço gramado de dois andares, para a convivência entre eles. No monumento também estão os túmulos dos poetas Fernando Pessoa e Alexandre Herculano.

O túmulo de Pessoa, um dos maiores nomes da poesia portuguesa, autor de livros como Mensagem e o Livro do Desassossego possui gravado em si um poema assinado por Ricardo Reis, um dos heterônimos do poeta, que diz: “Para ser grande, se inteiro: nada/ Teu exagera ou exclui/ Sê todo em cada coisa. Põe quanto és/ No mínimo que fazes/ Assim em cada lago a lua toda/ Brilha, porque alta vive.”

Já o túmulo de Herculano, autor de A Dama Pé-de-Cabra e Eurico, o Presbítero, traz os dizeres: “Dormir? Só dorme o frio cadáver, que não sente; a alma voa e se abriga aos pés do onipotente”.

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