A antiga e a nova Israel sob o olhar de uma turista brasileira
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É senso comum que a Terra Santa é um dos cenários mais visados para conflitos religiosos e palco para ataques terroristas. Sob outra visão, um pouco mais aprofundada e baseada numa experiência própria, tal senso comum é derrubado. Não só derrubado, mas levado ao ponto de vista oposto, talvez de um dos lugares mais seguros já visitados.
A histórica Jerusalém é uma área de reunião das religiões monoteístas e de muita fé entre os visitantes. Mesmo os que não têm nenhuma crença religiosa, comovem-se com a energia e o contexto do local.
Os tabus são quebrados desde a chegada ao país até a saída. A segurança e importância com a segurança dos moradores e turistas é de proporções inimagináveis. O exército está presente em todos os lugares, não só os mais visitados. Vale lembrar que os israelenses, sendo eles homens ou mulheres, são obrigados a se alistar no exército, o que reforça a preocupação com a segurança dos que estão no país.
Além da segurança, o país esbanja beleza nas suas antigas construções e paisagens naturais. A cidade santa, Jerusalém, é um claro exemplo de construção histórica que emociona pela memória que carrega e pela arquitetura que conta muito da sociedade antiga e, também, atual.
No centro da capital israelense, Jerusalém, está a Cidade Velha, local que contempla o convívio mútuo do Judaísmo, Catolicismo e Islamismo. Essa zona funciona como um grande mercado e ponto de referência para diversos pontos turísticos, a exemplo do Muro das Lamentações (lado judaico), o Santo Sepulcro (lado cristão) e o Domo da Rocha (lado islâmico).
Todo esse território central é circundado por um muro e é possível entrar por quatro entradas distintas, cada uma dando acesso à uma área religiosa diferente. É interessante passar por todas, uma vez que por mais que as religiões se misturem, cada bairro (nome dado a cada uma das regiões da Cidade Velha) tem suas particularidades.
Fora desse território, mas ainda em Jerusalém, é possível ter uma experiência cosmopolita como as grandes cidades mundiais. Cerca de uma das entradas da Cidade Velha, Portão de Jaffa, está localizado um dos mais novos shoppings de Jerusalém, o Mamilla Mall. O ambiente é a céu aberto e tem lojas e restaurantes variados.
Por toda Jerusalém é possível encontrar pontos turísticos, como o Monte das Oliveiras, hotéis de variados preços e restaurantes de comida local e não local. Quanto a vida noturna, a cidade mais indicada é Tel Aviv, fica a aproximadamente 45 minutos de Jerusalém.
Além da espetacular vida noturna e jovem, com muitas opções de bares e danceterias, a cidade é grande e moderna e nela estão concentradas as principais empresas de tecnologia. Ademais tem praia diretamente no Mar Mediterrâneo e é a porta de entrada aérea do país. Para quem vai para lá, as vistas mais deslumbrantes são as dos hotéis posicionados na orla da praia.
Ainda em Tel Aviv, é possível aproveitar o lado antigo e histórico do lugar na região portuária Jaffa, incorporada à capital em 1950. Tal incorporação fez com que a capital passasse a ser chamada de Tel Aviv-Yafo.
Outros lugares próximos a Jerusalém são Massada e Mar Morto, dois pontos essenciais para os que estão visitando a Cidade Santa. Massada é muito conhecida por ter sido uma fortaleza da Judéia que foi destruída por inúmeras invasões históricas. Um benefício para os turistas que visitam o lugar, é o tour guiado em diversas línguas e que ajuda a entender melhor a história do local.
Quanto ao Mar Morto, é impossível não aproveitar a praia que está sempre lotada. Boiar no mar e tomar banho de lama é diversão garantida. As praias são privadas e em grande parte possuem hoteis e restaurantes, além de banheiros e vestiários.
Fugindo da zona urbana, Eilat é uma cidade litorânea essencialmente voltada ao turismo e é a área de resorts em Israel. As temperaturas altas no verão e medianas no inverno, atraem os turistas e moradores do país que querem fugir do rigoroso inverno israelense.
A região faz fronteira com a Jordânia, onde está Petra, e com o Egito, onde está o deserto do Sinai, por isso é muito indicado para os que querem visitar outros países ao redor. Além disso, mesmo que seja principalmente uma cidade turística, o lugar tem importância por ter o porto pelo qual chegam os carros dos fabricantes asiáticos para Israel.
Outros lugares também interessantes de serem visitados e muito frequentados pelos turistas, dentro de Israel, são Cesareia, Haifa, Nazaré, Galileia, Acre e Montanhas de Golã. Locais que mais do que histórico, tem ou já tiveram importância na conjuntura mundial.
O país de 8,5 milhões de habitantes é incrivelmente encantador e sempre deixa um gostinho de quero mais. Cada lugar, cada cidade, cada ponto turístico tem a sua particularidade e história, o que garante uma surpresa a cada visita. O lugar nunca é o mesmo, sempre em constante mudança, mas que conserva todo o seu passado e garante uma energia única ao país.