“Defendemos valores, carreira e ética no jornalismo”, diz API
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A Associação Paulista de Imprensa (API) foi criada em 1933 com o objetivo de defender os interesses de toda a classe, unindo empresários e jornalistas para tal. Na visita da equipe do Portal de jornalismo da ESPM-SP à “Casa do Jornalista”, como também é conhecida a associação, nota-se muitos vestígios da época em que foi criada, como a sala de poesias e o elevador manual.
Quem recebeu a reportagem foi o advogado Sergio de Azevedo Redó, o atual presidente da instituição. Segundo ele, há mais de uma década a instituição vem enfrentando uma crise econômica, razão pela qual, em 2009, o então presidente eleito Costa Carregosa renunciou seu mandato, em menos de um mês no poder. Além de reiterar a precária condição em que estavam as instalações da API antes de sua gestão, Redó compartilhou seus planos “de reerguer a entidade”, para que um dia ela “volte a ter o mesmo prestígio que já teve, lutando pelos direitos dos profissionais de comunicação”.
Redó também ressaltou os projetos futuros da API, como o “Projeto Universidade”, que busca apresentar pessoalmente a associação para estudantes de comunicação. “Nosso objetivo é reunir essas mais de quatrocentas faculdades que o estado de São Paulo tem, para que possamos ter uma integração entre os alunos sobre ordem profissional, associativa, cultural e educacional, além de reivindicações, sugestões e críticas”, projeta Redó. Segundo ele, com o alunado, a associação teria condições de falar em nome dos jornalistas.
Fake News e Censura
A respeito das fake news, fenômeno cada vez mais comum no espectro jornalístico, Redó assinala que traz prejuízos para os profissionais do jornalismo e também para o próprio público: “A onda de fake news é muito negativa para o sistema de comunicação e a única forma que temos para corrigir isso é através de um controle eletrônico, para que seja ágil e tenha a oportunidade de corrigir imediatamente ”
Como uma forma de controlá-lo, o dirigente menciona a existência do CONAR (Conselho Nacional de Regulação Publicitária), que pode retirar uma propaganda imediatamente do ar, caso o conselho decida. Mas isso não seria censura nos tempos atuais? Segundo o advogado, censura “tem início quando ditam para o jornalista como deve ser feita a matéria. Censura é parte da história de qualquer país, sempre nefasta”, opina.
Serviço
API – Associação Paulista de Imprensa
Por Mário Garcia e Giovanna Dagios (2º semestre)