Comunidade mostra descontentamento com possibilidade de aumento do IPTU
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O prefeito da cidade de São Paulo, Fernando Haddad, pretende implantar um reajuste de 30% no valor do IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) da capital. A primeira votação na Câmara Municipal de São Paulo aconteceu no dia 24 de outubro e foi aprovado um aumento de 20% para residências e 35% para comercio e indústria.
A Vila Mariana é o terceiro bairro que mais se valoriza desde 2009, segundo a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), ficando atrás apenas do Alto da Lapa e Vila Gumercindo. Com isso, o preço pago para moradores da região irá subir mais que em outros lugares, já que alguns dos critérios são a localização e o tamanho de imóvel. Conforme o jornal Folha da Vila, a Vila Mariana é o segundo distrito com a maior variação de reajustes.
Segundo publicado no portal Estadão, na avaliação de Osvaldo Luis Bacan, presidente da Associação dos Moradores e Amigos da Vila Mariana, muitos moradores serão prejudicados, pois estão há muitos anos na região. “Assim como tem pessoas que ganharam dinheiro na especulação imobiliária, tem gente que vive em casas antigas e será prejudicada com o aumento violento”, diz.
Insatisfação
Maria Amélia Conceição mora na Vila há 30 anos, onde também criou seus filhos, e não concorda com o aumento. “Hoje eu ainda moro aqui porque não me vejo em outro lugar e sou acostumada, mas não significa que eu tenho a mesma condição de novos moradores”, explica sobre sua situação. Ela diz também que espera que o aumento ainda consiga ser vetado.
Trabalhador da região, Jorge Vilário, também está descontente com o reajuste. “A inflação teve um aumento pequeno, então não tem um porque aumentar o imposto”, opina. Haddad justifica a sua decisão falando que a diferença de preço é necessária por ter mantido o valor do transporte público a R$ 3 devido às manifestações ocorridas em junho.
Para se concretizar, haverá uma segunda votação no Legislativo e o reajuste poderá entrar em vigor a partir de 1° de janeiro do ano que vem. Não houve protestos na Casa.
Débora Brotto (2° semestre)