As diferentes formas de olhar: Arte Urbana – intervenções, performances, grafite, teatro, estátuas

Marcelo Novo – (2º semestre)

A Arte Urbana é um tipo de arte encontrada nos espaços públicos. Aparece por meio de intervenções, performances, grafite, teatro, estátuas, cartazes e apresentações pela rua, como “flash dances”.

Essas ações artísticas ocorrem em ambientes públicos e interagem diretamente com os indivíduos. Geralmente, usam como suporte os grandes centros urbanos, onde há intensa circulação de pessoas e diversidade cultural. Dessa forma, os cidadãos acabam se deparando com a arte sem precisar ir até centros culturais.

A arte pode ser classificada por inúmeras definições, dentre elas a arte urbana. O urbanismo por muito tempo foi considerado feio e marginalizado pela sociedade artística, sendo considerada muitas vezes feita por “marginais”. Os grafites são uma arte criada em 1970 nos Estados Unidos, em Nova Iorque, originou-se de jovens que decidiram pintar paredes com sprays de tinta para embelezar a sua região. Muitas pessoas com mais condição quando viam as artes estampadas nas paredes pelas ruas achavam aquilo algo errado e criminoso, considerado pichação e destruição de propriedade pública. A arte dos grafites perseverou, enfim, e com o tempo passou a ser considerada arte de verdade.

No Brasil, a arte urbana surgiu em um momento de grande conturbação, a ditadura Militar, época mais rígida e conservadora do país e também a época de maior batalha política que o povo brasileiro já viu. As paredes eram pintadas em maneira de protesto aos militares que oprimiam a população. A arte além de apenas visual pode significar muito mais, discussões políticas e ideológicas são abordadas pela arte de rua, apoio à alguns durante as eleições, manifestações contra outros durante o período de poder, ou até mesmo pedidos de deposição de cargo em alguns casos.

A principal proposição da arte urbana é sair dos lugares ditos consagrados, ou seja, destinados à exposição e apresentações artísticas como teatros, cinemas, bibliotecas e museus, e proporcionar maior visibilidade à arte cotidiana, espalhada nas ruas e direcionadas ao povo que normalmente não tem condição ou tempo para apreciar e conhecer melhor os vários tipos de arte existentes.