Durante muitos anos o papel dos museus se restringia à ideia de exibir quadros de pintores renomados. Um exemplo conhecido na cidade de São Paulo desse tipo de trabalho é a exposição Acervo em Transformação, em cartaz no MASP desde 2015.
Com quadros de pintores mundialmente conhecidos como Leonardo da Vinci e Michelangelo, a exposição permite a imersão do público que pode transitar por entre as obras, já que elas não estão expostas em molduras fixadas nas paredes.
Com o passar dos anos, a arte deixou de ser vista apenas como “quadros pintados à mão”, como na exposição do MASP e passou a contemplar também esculturas e a arquitetura. Essa forma de arte passou a ser muito valorizada e ganhou espaços não só em museus, mas também em praças públicas e parques.
Mais recentemente, as exposições abstratas e interativas somaram-se às esculturas e quadros e se tornaram um forte atrativo artístico para o público. A artista chilena Cecília Vicuña é muito conhecida por produzir esse tipo de arte, que ganhou notoriedade ao redor do mundo. Em sua mais recente exibição, intitulada “Sonhar é água: uma retrospectiva para o futuro”, em cartaz na Pinacoteca de São Paulo, a artista quer instigar a mente do expectador.
Além de utilizar a pintura para se expressar, como no quadro do olho do qual escorre uma lágrima, Vicuña usa projeções coloridas em salas escuras e até mesmo tecidos vermelhos de diferentes tonalidades dispostos atrás de uma televisão para produzir críticas sociais.
Para além dessa dimensão artística que está presente em museus e centros de exposição, o século XXI brindou a sociedade com uma nova forma de representação visual e gratuita: a arte de rua. Essa modalidade se faz presente em diversos espaços da cidade de São Paulo, mas ganha destaque na Avenida Paulista, aos finais de semana.
Fechada aos domingos, a Paulista se torna palco para apresentações de baterias universitárias, bandas diversas, exposições de livros e até de música tradicional indígena, e traz entretenimento e um pouco da cultura brasileira para paulistanos e turistas que passam pelo local.
“Antes a arte ficava só nos museus e hoje, pra qualquer lugar que você vai da cidade você consegue conviver com a arte seja com a música, com escultura, com a leitura ou com os quadros tradicionais”, revela Fernando Amaral, engenheiro químico.