Giullia Gonçalves Capaldi – (2º semestre)
O Memorial da América Latina foi inaugurado em 1989, sendo projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Esse conjunto arquitetônico tinha como propósito estreitar as relações sociais, culturais, políticas e econômicas, do Brasil com os outros países latino-americanos, principalmente em um contexto em que os conflitos de interesse eram gigantescos.
O pavilhão é dividido por algumas construções históricas, como o Anexo dos Congressistas; Auditório Simón Bolívar; Pavilhão da Criatividade; Galeria Marta Traba; Salão de Atos Tiradentes e a Biblioteca Latino-Americana, que são unidos por uma grande passarela que atravessa a avenida.
Todos ficam ao redor da Praça Cívica, que é o maior espaço aberto do Memorial e onde são realizados os eventos de manifestações populares do Brasil e dos países da América Latina. Com uma área de 12 mil metros quadrados, tem capacidade para receber 15 mil pessoas. Nela, o visitante tem acesso à Grande Mão, escultura de Niemeyer que se tornou um dos símbolos mais conhecidos de São Paulo.
O Pavilhão da Criatividade, de Darcy Ribeiro, é uma exposição permanente que está há mais de 30 anos no Memorial e é um dos locais mais visitados. Nela, são expostos objetos, trajes, instrumentos, a arte e a cultura do Brasil, como os trajes de vaqueiro, bumba-meu-boi, mulheres moringa, o México, com a árvore da vida e a celebração do día de los muertos – festa típica mexicana, e dos outros países também, como Peru, com alguns vasos históricos, o Equador, e suas bolsas típicas, a Guatemala, com os trajes característicos, a Bolívia, e a máscara da da dança la diablada, além dos trajes de cotidiano e de festas, além dos outros países, como o Paraguai, Chile, Colômbia, Venezuela e Uruguai.
Ainda no pavilhão da criatividade, está exposta a maquete da américa latina, criada em 1988 pelos arquitetos Gepp e Maia, com o intuito de, a partir da geografia dos países latinos, demonstrar os costumes, tradições e forma em que os indivíduos vivem nessa porção do continente americano.
Já sobre a Biblioteca Latino-Americana Victor Civita, que, quando inaugurada bateu recorde de construção por conta de ter sido erguida sob uma viga de 90m de suspensão entre dois grandes pilares, tem como objetivo manter e organizar todo um acervo bibliográfico da América Latina, a fim de garantir certa contribuição para projetos de extensão e projetos acadêmicos, além de unir as informações sobre os países latinos. Em seu piso superior, estão localizadas as mesas de leitura, um auditório e um espaço para exposições e o acervo bibliográfico.
Em comemoração ao centenário da Semana da Arte Moderna de 1922, o memorial criou a exposição “Pilares de 22”, homenageando os grandes artistas da época, como Mário de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, além de outros grandes nomes do Modernismo.
Esse é o Memorial da América Latina! Um grande espaço cultural que deve ser valorizado e respeitado por suas grandiosas obras sobre os países latino-americanos.