Memórias do Fotojornalismo – Rogí André

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Felipe Padovese – (2º semestre)

Rogi André foi uma fotografa e artista Húngara, nascida em 10 de agosto de 1900. Filha de um doutor, Rogi não teve um começo fácil. Em decorrência de um tratamento com espartilhos, desenvolveu um curvamento permanente da coluna, o que dificultou todas as ações mais simples de sua vida. Apesar do problema na coluna, seu pai a incentivou a estudar artes e violino, e ela acabou se tornando extremamente talentosa em ambos os estudos, até mesmo se graduando na Escola de Belas Artes de Budapeste, altamente renomada.

Fato curioso sobre a artista é que seu nome verdadeiro não era Rogi André, mas sim Rozsa Klein. Sua mudança de nome ocorreu devido ao seu divórcio com André Kertész. Após a separação, por motivos de afeto, Rozsa manteve o nome André e adotou um pseudônimo masculino “Rogi André”, nome que utilizaria para produzir seus trabalhos futuros.

André passou alguns anos na França, mas não por motivos muito bons. Ela, junto com outros húngaros, foi exilada do país após se oporem ao conde Mihály Károlyi, presidente temporário da República Húngara.

Ainda em Paris, a artista começou a trabalhar com suas primeiras fotos, voltadas para o lado do nudismo. E em 1936, ocorreram suas primeiras publicações em revistas de grande prestígio no país francês como a Arts et Métiers Graphiques, para a qual ela havia contribuído desde 1932, e outras revistas como Paris Magazine e Verve.

Conheceu Lisette Model, grande fotógrafa norte americana, que lhe deu uma dica que ficou eternizada em sua vida: “Nunca fotografe algo pelo qual você tenha pouco entusiasmo, mas apenas o que lhe interessa apaixonadamente.”

Suas obras acabaram não rendendo muito para sua vida em questões financeiras, e em 11 de abril de 1970, Rogí André veio a falecer na pobreza.