Passeata em repúdio à nomeação de Feliciano terá nova edição no sábado

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Mais uma passeata em repúdio à permanência do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) à frente da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara será organizada, no próximo sábado (16), em São Paulo. O protesto ocorrerá às 14h, na esquina da avenida Paulista com a rua da Consolação.

Manifestantes. Foto: Vinícius Costa Martins

A primeira manifestação relativa ao tema ocorreu no último sábado (9).  De acordo com organizadores, compareceram mais de 12 mil pessoas – número contestado por fontes como a PM, que estimou a presença de 800 a 1000 pessoas. “Conseguimos fazer barulho nas ruas, mesmo com esse boicote da mídia”, comenta Bruno Maia, um dos organizadores da mobilização. “Um policial experiente nos disse que calculava que estávamos em aproximadamente 15 mil pessoas”, afirma. 

Ativistas exibem cartaz na primeira edição do evento. Foto: Luciana Alvarez

 

Marco Feliciano gerou polêmica ao assumir a presidência da Comissão por já ter, anteriormente, feito declarações ofensivas a negros e homossexuais, inclusive em contas pessoais de redes como Twitter. Desde sua nomeação, diversas manifestações foram organizadas nas principais capitais brasileiras.

De acordo com a organização da passeata em São Paulo, o segundo evento serve para que o assunto não perca visibilidade. “Decidimos criar o evento assim que o PSC confirmou que o deputado ficaria no cargo. Se esperássemos mais, o assunto poderia cair no esquecimento”. Além disso, para Maia, “com todo esse barulho, o tema direitos humanos voltou a ser tratado com algum destaque pela imprensa.”

Há também uma petição em circulação, criada pelo líder do protesto, que foi o motivo da criação da passeata. Ela já possui (até o momento) mais de 415 mil assinaturas e pode ser acessada aqui no site Avaaz

De acordo com Maia, a nomeação do deputado para a Comissão pode causar grandes reviravoltas políticas. “O ideal é que essa conversa sobre extensão de direitos civis vá para as salas e cozinhas das casas das pessoas. Caso contrário, ficam estudantes e professores falando disso e falácias são espalhadas pelos líderes do fundamentalismo religioso. Quanto mais informação de qualidade se espalha, mais as chances de conseguirmos algum avanço”, reforça.

 Gabriela Beraldo (1º semestre)