Athos Sacilotto – (2º semestre)
Carolina Ferraz – (2º semestre)
Isabella Galvão – (2º semestre)
Ticiano Vecellio ou Vecelli foi um dos principais representantes da escola veneziana no Renascimento antecipando diversas características do Barroco e até do Modernismo.
Não se sabe exatamente quando Ticiano Vecellio nasceu, mas foi na pequena cidade de Pieve di Cadore, então pertencente à República Veneziana. No fim da carreira, o próprio pintor costumava aumentar a idade. Assim, uma carta a Filipe II da Espanha sugere que teria nascido em 1476 ou 1477. Porém, alguns admiradores e biógrafos situam seu nascimento por volta de 1490.
A vocação de Ticiano começou na infância. Acompanhado pelo irmão Francesco, em cerca de 1495, o menino rumou para Veneza, onde estudou com o mosaicista Sebastiano Zuccato. Três anos depois, transferiu-se para a oficina de Gentile Bellini, mas não demorou a deixar o mestre, por julgá-lo ultrapassado. Procurou os ensinamentos de Giovani Bellini, irmão de Gentile, um dos mais destacados pintores italianos e o principal mestre de sua geração.
Nessa época Veneza era uma república independente, dona de várias possessões na península italiana e no Mediterrâneo. O comércio constituía sua maior fonte de riqueza, atraindo mercadores de boa parte do mundo. Em 1508, os alemães resolveram decorar as paredes externas do edifício e encomendaram o trabalho de Giorgione, pintor de cerca de 30 anos, que tinha sido discípulo de Giovanni Bellini. Embora o nome de Ticiano não conste nos documentos referentes à encomenda, tem-se por certo que elaborou os afrescos da fachada posterior do prédio.
Quando Giorgione morreu, em 1510, Ticiano era já um pintor de prestígio e contava com rica clientela, formada basicamente de instituições religiosas e poderosos locais.
Após a morte de Giovanni Bellini, em 1516, Ticiano sucedeu o mestre no posto de pintor oficial da República. No mesmo ano, recebeu a encomenda para pintar A Assunção de Nossa Senhora para o altar-mor da Igreja de Santa Maria dei Frari. Logo em seguida, Alfonso d’Este, Duque de Ferrara, convidou-o a conhecer sua corte. Além de apresentar Ticiano aos governantes de Mântua e Urbino, Alfonso encomendou uma série de cenas mitológicas para decorar seu novo gabinete.
Teve grande amizade com Carlos V, rei da Espanha e chefe do Sacro Império Romano Germânico. O imperador incumbiu Ticiano de pintar seu retrato.
Em 1533, tornou-se retratista oficial de Carlos V. Além de louvar-lhe o talento, o monarca conferiu-lhe vários títulos de nobreza, que incluíam o livre ingresso na corte.
Quando abdicou, em 1555, Carlos V levou consigo várias obras de Ticiano. Seu filho Filipe II sucedeu-o e também liderou a poderosa clientela do pintor. Mais que retratos, porém, encomendou cenas mitológicas.
Seus últimos anos foram com a vista enfraquecida e sua mão que começava a perder o controle sobre o pincel.
Sua oficina, conduzida por Orazio, era a principal responsável pela execução da maior parte do trabalho, incumbindo Ticiano apenas da concepção e dos retoques finais. As obras, no entanto, eram aceitas como suas e não havia muitas reclamações. Apesar de sua pequena participação nos trabalhos e da presença de novos grandes pintores, como Jacopo Tintoretto e Paolo Veronese, Ticiano ainda era o pintor mais requisitado de Veneza, porém morreu vítima de uma peste, em 1576.