Memórias do Fotojornalismo – Sara Sallam

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Isabella Nobre Tezzi – (2º semestre)

Sara Sallam, nascida em 1991, é uma artista, designer e pesquisadora visual multidisciplinar egípcia. Seus trabalhos possuem uma variedade de mídias, misturando fotografia, vídeo, escrita criativa e material de arquivo. Seus ensaios envolvem temas como ausência, perda e saudade. Em suas fotografias, ela retrata maneiras de visualizar coisas as quais não podemos mais ver e pessoas as quais não podemos mais encontrar.

Sara teve seu trabalho exibido internacionalmente em amostras individuais e coletivas, além de feiras como Photo London e Intersect 21. A fotógrafa ainda tem seus projetos presentes na coleção do Museu de Arte Antiga e Nova, na Tasmânia. Ela, também, recebeu doações de uma das maiores fundações fotográficas, a Magnum Foundation.

Sara ainda escreveu vários livros, feitos à mão sendo que um deles, a sua monografia The Invisible: Faith as a Phenomenon, escrita em 2016, foi selecionada para o Prêmio Kassel Photobook, além de ser exibido no Festival Format, realizado em Derby, na Inglaterra. Atualmente, a fotógrafa vive em Delft, na Holanda, e é representada pela galeria Tintera, localizada na cidade do Cairo.

Em um de seus trabalhos, de nome “A quarta pirâmide pertence a ela”, Sara Sallam discorre sobre como é crescer em um país moldado por sua história e como tal fato a inspirou em investigar a complexa relação que os egípcios têm com seus ancestrais.

Neste trabalho, a fotógrafa acentua a ausência da sensação de um luto coletivo pelos antigos egípcios e coloca sua avó como um deles, a partir de retratos de colagem. Dessa forma, Sara projeta seu luto pessoal sobre o luto coletivo, tornando seu trabalho em um convite para que as pessoas reconheçam uma humanidade esquecida, e a verem seus ancestrais pelos olhos do luto por uma vó amada.