Júlia Faria – 2º semestre
O MASP- Museu de Arte de São Paulo deu início em novembro de 2022 até 02 de abril, à exposição individual Judith Lauand: desvio concreto. A artista, que faleceu ano passado após completar 100 anos, foi a primeira concretista no Brasil e a única mulher a participar do grupo Ruptura. A exposição é a maior já dedicada à obra de Lauand e pretende homenagear a sua carreira, com 128 obras e diversos documentos de arquivo pessoal.
Formada pela universidade Belas Artes, Judith (1922, Pontal SP) é considerada uma figura fundamental na história da arte brasileira, em destaque no movimento concretista. Ao mudar-se para São Paulo em 1954, foi monitora na 2ª Bienal Internacional de São Paulo, uma grande realização na sua carreira. A partir daí, ela foi convidada para se juntar ao grupo ruptura, formado por diversos artistas que marcaram o início da arte concreta no Brasil.
A exposição mostra a versatilidade de Judith em não permanecer suas obras apenas na perspectiva do concretismo, mas também no ritmo, movimento e o envolvimento com a pop arte. Além disso, evidencia como a artista introduziu temas de viés político e social em suas obras, tais como violência, sexualidade e submissão feminina.
A mostra tem formato circular, com salas compartilhadas em diferentes décadas. Além de plaquinhas, contando a história da vida de Judith e a sua grande contribuição para arte brasileira. O catálogo que acompanha a edição está em português e inglês, ilustrado e com ensaios inéditos. A exposição é curada por Adriano Pedrosa, diretor artístico do Masp e Fernando Oliva, curador do local, com assistência de Matheus de Andrade, assistente curatorial.
Serviço:
Av. Paulista, 1578- Bela Vista;
Terça: 10h/19h, Quarta à domingo: 10h/17h;
Ingresso: R$50,00 (Terça grátis)
Site: masp.org.br
Exposição disponível até 23 de abril de 2023