Jornalista do Estadão fala sobre carreira e cobertura de conflitos

Share

Repórter especial do jornal O Estado de S. Paulo e autora do livro O Afeganistão Depois do Talibã – Onze Histórias Afegãs do 11 de Setembro e a Década do Terror, Adriana Carranca contou sua trajetória aos alunos na Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM. Natural de Santos, Adriana falou como se especializou na cobertura internacional de conflitos urbanos. “No começo foi muito difícil, o mercado é fechado e eu não tinha contatos fora de Santos.”


O primeiro passo foi se estabilizar profissionalmente em São Paulo. Logo depois, conseguiu uma bolsa para cursar Políticas Sociais na London School of Economics – LSE, onde teve a oportunidade de conviver com pessoas de várias nacionalidades. A vontade de cobrir conflitos urbanos internacionais surgiu após essa experiência em Londres. Adriana ressaltou, ainda, o interesse que os conflitos ocorridos no Brasil despertam nos correspondentes estrangeiros e que devem ser alvo de atenção por parte dos brasileiros. “Não é preciso ir até o Afeganistão para cobrir conflitos. No Brasil existem diversas situações graves que merecem cobertura.”

Sobre sua experiência atuando fora do país, Adriana disse que a maior vantagem em ser brasileiro e atuar na cobertura de conflitos internacionais é que, apesar de poucos conhecerem o país, as pessoas têm consciência de que ele não é um financiador de guerras, o que minimiza a possibilidade de aversão aos jornalistas brasileiros.

Na palestra, Adriana também respondeu a perguntas dos estudantes e os desafios da carreira de jornalista e as diferenças culturais foram as principais questões levantadas . “Produzir e publicar, atuar como freelancer e prestar concursos públicos são os caminhos mais comuns para a inserção no mercado”, disse.

Milene Fukuda (2º semestre)