Interatividade empolga visitantes da Bienal durante evento de abertura

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Parque Ibirapuera sedia mais uma exposição de arte. Foto: Fábio Martin

Sábado, 06 de setembro, foi o primeiro dia da 31ª Bienal da Arte de São Paulo, que ocorre no Parque Ibirapuera até 07 de dezembro. O evento, que reúne mais de cem artistas durante os três meses, teve um público tímido até o meio da tarde de abertura. Apenas a partir das 15 horas, o Pavilhão Cicillo Matarazzo começou a encher.

Flávio Barollo, ator de teatro e cinema, avaliou que, para um primeiro dia, o local estava pouco movimentado, mas viu vantagem nisso. “Achei que estaria bastante cheio por ser o primeiro dia, mas assim está bom. Além disso, as obras estão bem espaçadas e bem organizadas”.

Com relação à exposição, Barollo acredita que os criadores do evento, os curadores, são os responsáveis pela troca da arte com o público. “Eu acho que esta Bienal está me motivando porque não é uma coisa só contemplativa. Ela está provocando a participação do público em relação à arte”, afirma.

Eneide Costa Maciel, que também visitou a exposição na tarde de sábado, imagina que o evento não funciona apenas como um estimulador artístico para as pessoas, mas também como uma forma de conscientização. “Eu acho que o ser humano precisa ser tocado, ter mais consciência. O pouco que vi nesta Bienal, me tocou muito.”

Eneide ainda lembra que algumas obras interativas motivam a participação das crianças. “Chamam muita atenção pelo fato de você poder escrever, colar o adesivo que quiser. Fantástico!”, finaliza ela, contando sobre um espaço reservado no pavilhão para deixar mensagens em uma parede de vidro.

Útero

Uma das artistas que tem obra exposta, a boliviana Maria Galindo, faz um apelo a favor do aborto. Em Útero, ela traz uma ideia forte que gera muitas discussões. “Nos baseamos em uma luta, em uma luta que está silenciada. Hoje em dia, na América Latina, nós, mulheres, sabemos o que queremos e queremos questionar o poder sobre nós”, ressalta.

Durante a tarde de sábado, foi feita uma marcha ao redor do Parque, onde ela e mais duas companheiras colheram depoimentos de mulheres que já tiveram a experiência de abortar. As gravações realizadas pelo grupo ficam disponíveis para os visitantes no local da exposição, no piso térreo da Bienal.

Para os visitantes que querem mais opções, espaços como a Oca, o MAM (Museu de Arte Moderna) e o Museu Afro Brasil, além de áreas gramadas para piqueniques e exercícios de lazer, estão disponíveis para todos os gostos e idades. O site do Parque Ibirapuera disponibiliza horários e programações.

Fábio Martin e Otávio Cintra (2° semestre)

Serviço

O quê: 31ª Bienal da Arte

Onde: Av. Pedro Álvares Cabral, Parque Ibirapuera, Portão 3

Quando: de 06 de setembro à 07 de dezembro

Ter, Qui, Sex, Dom e Feriados: 9h às 19h (entrada até 18h)

Qua, Sáb: 9h às 22h (entrada até 21h)

Fechado às segundas

Quanto: Entrada gratuita

Mais informações: http://www.bienal.org.br/ Tel. 5576-7600